Ato em apoio aos metroviários deve reunir milhares no Metrô Ana Rosa às 7h

Um ato marcado para ter início às 7h desta segunda-feira, 9, deve reunir milhares de pessoas favoráveis a greve de metroviários, e atrapalhar o trânsito já complicado no período. Por conta da continuidade da greve, que neste domingo completa quatro dias, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) comunicou que o o rodízio estará suspenso nesta segunda-feira.

Entre as entidades e coletivos que participarão da manifestação, estão o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), responsável pelas mega marchas dos últimos meses, que reuniram entre 25 mil e 10 mil pessoas, o Movimento Passe Livre (MPL), que no ano passado durante o mês de junho conseguiu a redução da tarifa de R$ 3,20 para R$ 3, além da CSP-Conlutas, ligado ao PSTU, e alunos e professores da Universidade de São Paulo.

A estação Ana Rosa, que faz a ligação entre as linhas 1 – Azul e 2 – Verde, foi escolhida como ponto de partida por conta do avanço da tropa de PMs da Força-Tática, que deixou ao menos quatro pessoas feridas e um detido por desacato, na manhã da última sexta-feira, 6. Os PMs usaram além de cassetete, balas de borracha e bombas de efeito moral no mezanino da estação. Vídeos gravados por equipes de reportagem mostram ação e o avanço da tropa. A Estação Ana Rosa é essencial para a operação das linhas 1 e 2, de acordo com o Metrô.

Após o encontro na Estação do Metrô Ana Rosa, os metroviários e seus apoiadores devem caminhar até a Secretaria de Transportes Metropolitanos, localizada à Rua Boa Vista, no Centro.

Greve de metroviários em SP

Em reunião na sede do Sindicato dos Metroviários, no Tatuapé, Zona Leste, por volta das 15h30 deste domingo, 8, ficou acertado pela maioria dos presentes, que a greve deve continuar, ou seja, entrar no quinto dia a partir da 0h desta segunda-feira, 9.

Na manhã deste domingo, por unanimidade, oito desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho consideram a grave como abusiva e estabeleceram um aumento de 8,7%. Além do reajuste, o sindicato foi condenado a pagar uma multa de R$ 400 mil pela paralisação de quatro dias. Os metroviários prometem recorrer.

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