Ato no Butantã pelo “azulzinho” provoca lentidão até o Centro

Um protesto na tarde desta quinta-feira, 27, que teve início por volta das 18h na frente da Estação Butantã do Metrô, na esquina da Rua Pirajussara com Avenida Vital Brasil, na Zona Oeste, reuniu cerca de 200 pessoas, que interditaram durante quase duas horas o sentido bairro das avenidas Vital Brasil e Corifeu de Azevedo Marques.

O protesto foi pela volta da linha 577T – Jardim Miriam – Vila Gomes, que desde outubro do ano passado só vai até o Metrô Ana Rosa, na Zona Sul. Por conta do ato, um intenso trânsito se formou na região, prejudicando motoristas que seguiam em direção à Cidade Universitária e à cidade de Osasco, na Grande São Paulo. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a lentidão chegou a afetar a Ponte Eusébio Matoso. Motoristas que estavam na região da Avenida Rebouças e Rua da Consolação também reclamaram do reflexo no trânsito.

Os participantes do ato, que se reuniram desde às 17h no Metrô Butantã carregavam faixas, cartazes e instrumentos musicais, além de apitarem ao longo do percurso de quase três quilômetros até a Praça Elis Regina, onde o ato se dispersou às 19h35. Para Maria José da Silva, de 72 anos, a caminhada é uma “vitória para o povo de Vila Gomes”. “Gostava de passear com esse ônibus. Sempre foi muito útil para ir até a Avenida Cupecê, [na periferia da Zona Sul]. De acordo com o professor João Victor, de 27 anos, a pressão sobre a prefeitura é para ter a linha de volta. “A ideia é manifestar, pressionar para ter a linha de volta”.

Ao menos 18 linhas foram prejudicadas pelo bloqueio das vias. Dez ônibus da frota municipal e outros oito intermunicipais que seguem em direção à Itapecerica da Serra, Carapicuíba, Cotia e Osasco. Além de moradores da Vila Gomes, participaram do ato integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) e da Fanfarra do Movimento Autônomo Libertário (M.A.L). “A intenção do MPL é fortalecer a luta, não só da Vila Gomes, como do Campo Limpo, M’ Boi Mirim, Grajaú e São Mateus”, disse Heudes Castro, de 16 anos, integrante do MPL. Todo o protesto foi acompanhado por policiais militares da 3ª Companhia do 16° Batalhão, além de agentes da CET.