Ato tem correria na Avenida Paulista e PMs sem identificação obrigatória na farda

O ato contra a Copa do Mundo, que reuniu cerca de duas mil pessoas na Avenida Brigadeiro Faria Lima, passou pela Avenida Paulista e se encerrou por volta das 23h20 frente à Catedral da Sé, na região central, teve registro de apenas um confronto entre manifestantes e policiais militares por volta das 21h20 desta quinta-feira, 13. Uma correria foi registrada na altura do Vão Livre do Masp após uma bomba ter sido estourada. Segundo a página do Twitter da Polícia Militar, um coquetel molotov, que teria sido atirado na direção dos PMs seria o motivo do início do tumulto. A fachada de uma agência do Banco do Brasil foi destruída por um grupo.

Cinco pessoas chegaram a ser detidas. Um jovem de 25 anos, foi levado para a delegacia por portar um estilingue e esferas de ferro. Já um adolescente de 15 anos, portava uma espécie de martelo.  Em outro caso, um adolescente teria sido detido dentro da Estação Faria Lima do Metrô, e estava supostamente depredando o local. Duas pessoas foram conduzidos até o 14º DP (Pinheiros) e posteriormente liberadas. Outros três foram conduzidos até o 78º DP (Jardins). Não há informações sobre estes detidos. Um outro jovem de 20 anos, que estava com um corte na cabeça, disse que foi agredido por policiais militares na Rua Vergueiro, na altura do Metrô São Joaquim.

Foto: Andrew Henrique/NINJA
Foto: Andrew Henrique/NINJA

O ato que teve início por volta das 18h no Largo da Batata, em Pinheiros, na Zona Oeste, foi pacífico durante todo o seu trajeto. Segundo a PM, 1.500 manifestantes se agruparam na Avenida Brigadeiro Faria Lima. Ainda de acordo com a PM, 1.700 homens fazem a segurança do ato, que passou pela Avenida Rebouças até chegar ao cruzamento da Avenida Paulista com a Rua da Consolação.

Lívia Machado/G1
Lívia Machado/G1

Um cena corriqueira no ato de hoje, foi a falta de identificação dos policiais militares, que em sua maioria estavam sem a tarjeta que menciona a patente e o nome do agente. Questionado, um comandante de tropa, alegou a reportagem, a falta de tempo. “O pelotão está sem identificação porque não deu tempo de confeccionar os nomes”, disse. A situação é caracterizada como infração grave no código militar. Nesta semana, a PM divulgou um comunicado para que, jornalistas fossem até o quartel general, no bairro da Luz, para que fossem cadastrados e retirassem um colete de propriedade da PM para identificação. O colete deveria ser devolvido em até três dias após o ato.