Brasileiros presos na Tailândia falam que não sairão
Jordi Vilsinski Beffa, de 24 anos, é um dos três brasileiros presos por tráfico de drogas no aeroporto de Bangkok, na Tailândia. O fato aconteceu na segunda-feira da semana passada, dia 14.
As últimas notícias do paranaense foram através de mensagens enviadas a amigos via aplicativo de mensagens. Nas conversas, Jordi pedia que os amigos cuidassem de sua família por ele, e por um áudio, disse com voz abalada: “não vou sair dessa”. O rapaz segue isolado, devido ao protocolo do país em meio a pandemia de Covid-19.
A família não fazia ideia da viagem internacional do rapaz. De acordo com eles, Jordi saiu de casa no dia 11 dizendo que viajaria para Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Três dias antes de viajar ele se demitiu de seu emprego de carteira assinada e terminou seu namoro.
Brasileiros presos na Tailândia
As autoridades tailandesas afirmam que Jordi e outros dois brasileiros foram flagrados no aeroporto carregando 15,5 quilos de cocaína. O tráfico de drogas no país asiático pode resultar em pena de morte.
O advogado de Jordi no Brasil, Petrônio Cardoso, aguarda o fim do isolamento do rapaz para que uma defesa seja contratada no país para ajudar no processo. Além disso, tem se mobilizado para fazer uma vaquinha a fim de ajudar os pais do paranaense a bancarem com as despesas da defesa internacional.
Aniversário dentro da prisão Tailandesa
O jovem de Apucarana está completando hoje (24) seus 24 anos, enquanto segue na prisão tailandesa.
Para o alívio da família, foi enviado pela embaixada do Brasil na Tailândia um e-mail à defesa informando onde o jovem está detido. O mesmo encontra-se no presídio de Samut Prakan, em condições adequadas e de acordo com os padrões tailandeses.
O texto também informa que os presos são autorizados a falar com familiares por meio de aplicativo específico e em breve, Jordi terá a possibilidade de entrar em contato com seus parentes e defesa no Brasil.
O advogado diz acreditar em uma pena de aproximadamente 5 anos com possibilidade de extradição e cumprimento de pena no Brasil. De acordo com ele, o rapaz era “mula”, ou seja, somente fazia o trabalho de carregar as drogas.