Casa Verde e Amarela: Conselho do FGTS pensa saída para incluir famílias de baixa renda
Foi aprovada pelo Conselho Curador do FGTS a proposta do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) que incluía medidas para facilitar o ingresso de novas famílias ao programa de financiamento imobiliário Casa Verde e Amarela.
A resolução que estabelece as medidas foi publicada na última segunda-feira (14), no diário oficial da união.
Foi estabelecido um novo limite para o Grupo 1. Agora, as famílias que possuem renda bruta mensal de até R$2,4 podem fazer parte da categoria. Anteriormente, o limite era de R$2 mil.
Além disso, houve uma revisão na curva de subsídio. Para receber o desconto máximo do programa, o limite de renda familiar passa a ser de até R$1650, em vez dos R$1450 anteriores.
Casa Verde e Amarela
O número de financiamentos caíram bastante nos últimos dois anos, visto que a taxa básica de juros e a inflação estão em alta. Segundo o MDR, em 2018 foram contratadas 149.805 unidades de imóveis, já em 2021, foram apenas 80.299.
No ano passado, chegou a “sobrar” R$1,4 bilhão do total de R$8,5 bilhões reservados pelo Fundo de Garantia para concessão de descontos no programa Casa Verde e Amarela.
Com a mudança, o governo espera uma utilização integral nos próximos anos desse valor de crédito voltado para o financiamento habitacional. O MDR prevê que o número de imóveis contratados aumente em 16% este ano, 23% em 2023 e até 30% em 2024.
Outras vantagens das mudanças no programa Casa Verde e Amarela
Ao tornar elegíveis famílias que recebem até R$2,4 mil mensais ao Grupo 1, a taxa de juros final para este grupo automaticamente é reduzida. Antes, esse público pertencia ao Grupo 2, cujas taxas eram: 4,75% para Norte e Nordeste; e 5% para as demais. Os percentuais agora são de 4,25% e 4,5% ao ano.
“Para as famílias do Grupo 1, é um bônus duplo. Além do aumento do subsídio, elas ainda aumentam sua capacidade de compra. Uma família com renda mensal de R$ 2,4 mil chega a ter um incremento em sua capacidade de compra de quase R$ 9 mil por ano em razão da redução da taxa de juros”, disse o secretário nacional de Habitação do MDR, Alfredo dos Santos.