Caso Eliseu Santos compõe os mais de 50 júris que serão realizados em outubro em POA

Dentre as mais de 50 sessões de júri que serão realizadas no próximo mês de outubro em Porto Alegre, o caso Eliseu Santos certamente é um dos que mais causará repercussão na Capital. O julgamento do policial militar Ronaldo dos Santos, acusado de ter matado cinco pessoas em 2016 também deve movimentar o Tribunal de Justiça (TJ).

Segundo o TJ, das quatro varas de júri do Foro Central de Porto Alegre, a 4ª Vara, especializada em feminicídios, possui quatro júris marcados.

Para Bruno Massing de Oliveira, juiz-corregedor, o número de júris agendados para o mês de outubro pode ser considerado alto e a demanda só foi cumprida em razão da alocação de magistrados em juizados vagos. O juiz aponta que a pandemia acabou represando os plenários do júri. 

Quem foi Eliseu Santos?

Um  dos crimes julgados em outubro teve grande repercussão no Rio Grande do Sul em 2010, ano em que Eliseu dos Santos, secretário da Saúde da Capital, foi morto a tiros. 

No dia 19 de outubro, o réu Jorge Renato Hordoff de Mello será julgado pelo crime.

Mello era proprietário da empresa Reação, que prestava serviços de segurança para a Secretaria da Saúde de Porto Alegre na época em que Eliseu era servidor público. 

A suposta descoberta de um esquema de corrupção envolvendo a empresa teria feito com que o empresário mandasse matar Eliseu.

Um outro réu acusado pela morte da vítima,  Robinson Teixeira dos Santos, 35 anos, foi condenado a 33 anos, cinco meses e 15 dias de prisão. A sentença não poderá ser apelada.

Policial militar será julgado por assassinato

Outro caso de grande destaque no júri gaúcho é o julgamento do PM Ronaldo dos Santos, de 58 anos, que foi acusado de ter matado o filho recém nascido e outras quatro pessoas. O júri do caso está marcado para o dia 25 de outubro.

O crime ocorreu no ano de 2016 e vitimou Lourdes Felipe, 64 anos, os filhos dela Walmyr Felipe Figueiró, 29, e Luciane Felipe Figueiró, 32, e os netos João Pedro Figueiró, cinco anos, e Miguel, de um mês. 

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), a insatisfação do réu com o bebê teria motivado a chacina.
Ronaldo nega o crime e sua defesa alega que alguém contratado pelo tráfico teria cometido o crime.