Chuva de diamantes? Fenômeno impressionante é real; confira
Belos, raros e surpreendente caros, os diamantes podem estar caindo do céu, especificamente de Netuno. O fenômeno, mais conhecido como “chuva de diamantes” (apesar de não se tratar literalmente de uma chuva), tem sido estudado por pesquisadores, que já usaram lasers de raios X do Laboratório Nacional de Aceleradores SLAC para reproduzir esse evento, e consequentemente, fazer medições mais precisas.
A partir das análises, os especialistas têm trabalhado com a hipótese de que com o forte calor e a pressão, a milhares de quilômetros abaixo da superfície, os carbonos comprimidos em diamante afundam em direção ao núcleo.
“Esta pesquisa fornece dados sobre um fenômeno que é muito difícil de modelar computacionalmente: a ‘miscibilidade’ de dois elementos, ou como eles se combinam quando misturados”, explicou o físico Mike Dunne.
Entenda como foi feito o novo estudo sobre a surpreendente “chuva de diamantes”
Para recriar a “chuva de diamantes”, os pesquisadores aqueceram e pressurizaram poliestireno hidrocarboneto para replicar as condições do interior de Netuno. Pulsos de laser óptico geraram ondas de choque no material, e o aqueceram a aproximadamente 4.727 ºC.
A partir da medição para descobrir como os raios X espalham os elétrons, os especialistas descobriram que, além da conversão do carbono em diamante, o restante se divide em hidrogênio.
O estudo também analisou que o diamante pode estar liberando energia gravitacional, que é convertida em calor, fazendo com que a parte interna do planeta fique mais quente do que o normal. Netuno libera 2,6 vezes mais energia do que absorve do Sol.
Os estudos sobre esse surpreendente fenômeno não são recentes. Entretanto, de acordo com o físico Dominik Kraus, essa novo experimento com raios X forneceu “parâmetros importantes do modelo”. O especialista também afirma que “isso se tornará cada vez mais relevante quanto mais exoplanetas descobrirmos”.
Imagem: Reprodução / Olhar Digital