Ciclone no RS pode gerar fechamento de indústrias e desemprego

As enchentes que atingiram a região do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, deixaram um rastro de destruição em várias cidades. Os danos não foram apenas materiais, isso porque, além dos moradores afetados, o fenômeno influenciou diretamente as indústrias da região.

Nas cidades de Encantado, Muçum e Roca Sales, os danos foram gigantescos. O ciclone extratropical que passou pelo estado provocou ao menos 42 mortes e 46 pessoas ainda desaparecidas.

O impacto econômico das inundações é uma preocupação para a economia da região, uma vez que as perdas das empresas podem resultar em demissões em massa nos municípios afetados.

Indústrias enfrentam perdas

Com a inundação, a enxurrada arrastou estruturas e invadiu os estabelecimentos, que contam com perdas significativas de materiais. De acordo com os donos de estabelecimentos afetados, a ajuda do governo estadual se torna indispensável.

A Cooperativa Dália Alimentos, uma das maiores do Vale do Taquari, teve suas indústrias afetadas pela enchente. Entre os prejuízos entram os danos em frigoríficos de suínos, uma queijaria, uma indústria de leite e um abatedouro de frangos.

“O frigorífico de suínos em Encantado, o mais afetado pelas enchentes, não está funcionando e não tem previsão de operação porque a água atingiu todo o sistema de geração de energia elétrica, os geradores e o sistema de refrigeração. Não temos condições de definir os prejuízos, mas serão muito grandes”, lamentou o presidente executivo da Dália, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas.

Decisão do governador do estado

Contudo, na sexta-feira (8), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou R$ 1 bilhão em linhas especiais de crédito do banco estatal Banrisul.

“Os comércios, em alguns lugares, foram todos destruídos, e com isso o meio de vida de muitas pessoas se perdeu. Por isso, precisamos apoiar esse processo de restabelecimento”, disse o governador Eduardo Leite.

Imagem: Reprodução/Internet/TV Foco