Comida é reconhecida como patrimônio cultural do RS

Galeto al primo canto, sopa de agnolini (ou capeletti), polenta, massas, salada de radicci com bacon são iguarias indispensáveis nas galeterias da serra gaúcha. O Rio Grande do Sul tem agora essas comidas de origem italiana como patrimônio histórico e cultural do estado.

A partir do projeto de lei 15.898/2022 de autoria de deputado estadual Pepe Vargas (PT-SP) foi sancionado pelo então governador Ranolfo Vieira Júnior em dezembro passado.

“No caso específico da gastronomia, temos a presença dos imigrantes italianos que trouxeram para cá conhecimentos que foram sendo transmitidos de geração em geração. É importante salientar o papel das nonnas na transmissão desse conhecimento. A nossa comida italiana não é exatamente uma culinária igual da Itália. Foi adaptada com o conhecimento que os nossos imigrantes tinham e com os recursos disponíveis. É uma coisa singular, própria e que as pessoas só encontrarão aqui”, relatou ao Diário de Canoas o deputado autor do projeto.

O restaurante Nonno Mio, em Gramado, é uma das principais casas do ramo. Na Avenida Borges de Medeiros, ela é uma das mais antigas do estado, com 40 anos completados em 2022. Por estimativas próprias, o restaurante estima que 12 milhões de pedaços de galeto já tenham sido consumidos por mais de 3 milhões de clientes durante suas quatro décadas. Os proprietários ainda projetam a produção de 140 toneladas de capeletti.

A família Andreis comanda a operação do local desde sua inauguração. Felipe é o chefe da atual geração que administra o restaurante, após a passagem de Pedro e Mário, e a fundação por Fernando Caberlon. Caberlon era frequentador assíduo da galeteria Alvorada, em Caxias do Sul.

Músicas e comida deliciosa

A Galeto D’Nase é uma das principais atrações, também em Gramado,que oferece uma excelente variedade de jantares temáticos com teatro, dança e música nas suas dependências na Praça das Bandeiras.

“Temos um fondue ao lado e, com a pandemia, a loja que tinha ali fechou e o ponto ficou vago. Em abril de 2020 nos ofereceram o espaço, analisamos e decidimos investir. Arriscamos, mesmo em uma época de recessão. Em poucos meses, reformamos e abrimos”, conta Jaison Benetti administrador do empreendimento e filho de Nádia Benetti, uma das fundadoras.