Confronto de torcedores na Freguesia do Ó completa um ano
Há exatamente um ano, em 25 de março de 2012, num domingo, por volta das 10h da manhã, torcedores de Palmeiras e Corinthians se encontraram na Avenida Inajar de Souza, na Freguesia do Ó, bairro da zona Norte de São Paulo. Como saldo, dois torcedores do Palmeiras foram mortos, um baleado e outro atingido na cabeça por barras de ferro.
Cerca de 150 palmeirenses caminhavam pela Inajar de Souza, na altura das ruas Pedra Bela e Ribeiro de Morais, em direção à sede da torcida, do outro lado da Marginal Tietê, na Pompéia, zona Oeste, quando foram emboscados por cerca de 200 torcedores corintianos armados de paus, pedras, rojões e armas de fogo. Os alviverdes eram escoltados por uma viatura de área da PM, que na ocasião, segundo um cabo, nada pode fazer. Os alvinegros haviam chegado à região em vans e ônibus, cercando os rivais, que não esperavam serem atacados, principalmente por estarem sendo acompanhados pela Polícia Militar.
Esquina da Avenida Inajar de Souza com Rua Ribeiro de Morais. Início da briga.
A confusão tomou proporção de tragédia e dois palmeirenses foram atacados e assassinados. André Alves, 21, foi morto com um tiro disparado em sua cabeça, levado ao Hospital Geral da Vila Nova Cachoeirinha, a poucos metros dali, faleceu horas depois, ainda no domingo, em decorrência de trauma craniano e perda de massa encefálica. Já Vinícius Jovanelli, 19, deu entrada no Hospital São Camilo, na Pompéia, com trauma encefálico, devido às pauladas que recebera na região da cabeça. Resistiu até terça-feira, dia 27, falecendo à tarde.
Após o ocorrido pela manhã, os palmeirenses, desta vez com grande escolta preparada pelo 2º Batalhão de Choque, especializado em eventos com grande movimentação de pessoas, seguiram a pé, da sede da torcida, em frente ao Estádio Palestra Itália, em direção ao Estádio do Pacaembu. Os 2.000 alviverdes subiram a Avenida Sumaré e chegaram em silêncio na apertada rua de paralelepípedos, que dá acesso ao portão vistante do estádio.
Segundo o site do Tribunal de Justiça de São Paulo, o processo, que tramita na 2ª Vara do Juri, do Fórum de Santana, está em mãos da Delegacia que elaborou à ocorrência, antes, o arquivo estava em posse do DHPP. Um ano após, não existem detidos em relação ao caso.