Conheça a história por trás da cabeça gigante em frente à Fundação Iberê Camargo

Quem passa pela Avenida Padre Cacique certamente repara na cabeça gigante colocada na última segunda-feira (5) em frente à Fundação Iberê Camargo, na Zona Sul de Porto Alegre. Mas você sabe qual a história por trás da obra?

A escultura branca que mede mais de 7 metros foi esculpida em mármore e resina e integra a 13ª edição da Bienal do Mercosul, realizada em Porto Alegre entre os dias 15 de setembro e 20 de novembro. 

A chamada Silent Hortense é uma cabeça gigante com duas mãos que se cruzam sobre sua boca e foi construída pelo escultor espanhol Jaume Plensa, vencedor do Prêmio Velázquez de Artes em 2013. Esculpida em Barcelona, a obra leva o nome da modelo que foi utilizada como inspiração pelo artista, Hortense. 

Segundo Marcello Dantas, curador-geral da Bienal, a obra fala sobre o indizível. “É uma mulher com as mãos na boca que não consegue dizer algo. Isso é simbolicamente o nosso tema da Bienal, o indizível, Trauma, Sonho e Fuga, então ela expressa esse silêncio, essa impossibilidade de dizer algo”, explica. 

Jaume Plensa é conhecido por suas esculturas de rostos e corpos gigantes que costumam ser instalados em espaços públicos. Em 2012, a obra Awilda foi instalada na praia de Botafogo no Rio de Janeiro. No Millennium Park de Chicago nos Estados Unidos foi colocada a obra interativa Crown Fountain.

A Silent Hortense complementa a exposição que ficará dentro do museu, uma mostra individual inédita com 11 criações sobre a dimensão do homem e a sua relação com o meio ambiente. 

O que é a Bienal do Mercosul? 

A 13ª edição da Bienal do Mercosul será a primeira mostra de arte de grande escala feita no contexto pós-pandêmico no Brasil. Os itens desta edição devem mostrar o mundo que luta para escapar de um contexto de emergência sanitária. As obras retratadas da exposição abordarão aspectos do tema “Trauma, Sonho e Fuga”.