Contas de água vão ficar mais caras em Santa Catarina

A partir de junho deste ano, os cidadãos catarinenses irão notar um aumento significativo nas contas de água e saneamento. A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) anunciou um reajuste de 16% que afetará diversas categorias de consumo, incluindo residencial e comercial.

Por que o aumento das tarifas?

A Casan informou que o reajuste tem como objetivo corrigir um desequilíbrio econômico-financeiro acumulado nos últimos anos. A necessidade de ajuste financeiro surge após a revisão periódica que ocorreu pela última vez em 2017, seguida por um atraso no processo de revisão que deveria ter ocorrido em 2022.

Com o aumento, a Tarifa Fixa de Disponibilidade de Infraestrutura (TFDI), antes fixada em R$ 37,31, sofrerá um acréscimo, passando para R$ 43,31. Esta tarifa se aplica a faixas de consumo que variam desde residencial até industrial. Para residências enquadradas como sociais, a tarifa será ajustada de R$ 6,96 para R$ 8,07, enquanto entidades beneficentes e filantrópicas verão um aumento de R$ 11,19 para R$ 12,99.

O aumento foi aprovado pelas principais agências reguladoras do estado, incluindo a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) e outras entidades. Essas agências têm o papel de assegurar que os ajustes sejam justos e necessários, equilibrando as necessidades operacionais da Casan com a capacidade de pagamento dos consumidores.

Os novos valores começarão a ser aplicados nas contas emitidas já no próximo mês. Os consumidores que recebem as faturas em papel ou digitalmente puderam visualizar um comunicado sobre o aumento já na fatura de maio, o que permitiu um período preparatório antes da efetivação dos novos valores. Além disso, debates e discussões sobre a necessidade e a periodicidade desses ajustes tarifários continuam sendo importantes para que haja transparência e aceitação por parte da população impactada.

A recomposição tarifária é uma prática comum no setor de saneamento básico e busca não só a sustentabilidade financeira das operadoras como garantias de investimentos em infraestrutura, essenciais para a manutenção e expansão da qualidade dos serviços oferecidos à população.