Corpo de mulher morta na Sé, que esperou IML por 8h é enterrado em SP

A espera por socorro, em um cantinho onde vivia na Praça da Sé, Centro, desde à tarde da quinta-feira, 11, não foram os únicos minutos de tristeza e descaso na vida da moradora de rua pernambucana Meire Oliveira, de 55 anos. Após se sentir mal, e não ser atendida pelo poder público, como denuncia ONGs, Meire teve a morte decretada por uma médica do SAMU, por volta das 10h do dia seguinte, sexta-feira, 12. Segundo o IML, a cauda da morte foi por infecção generalizada e pneumonia. Ali era só o início do sofrimento de seu companheiro, o também morador de rua Adão Andrade, de 67 anos, a quem segundo a reportagem do portal UOL, relator da notícia, conviveu por 13 anos com Meire. Decretada a morte, o corpo de Meire ficou exposto na Praça da Sé, bem no Marco Zero da capital, por mais de oito horas, até a chegada do IML. Sem os documentos necessários para a liberação do corpo, houve a necessidade de uma intervenção da Secretaria Municipal de Direitos Humanos junto ao instituto para que, uma declaração do marido, pudesse servir como documento, com isso o cadáver esperou por uma semana até que pudesse ser sepultado, na manhã desta sexta-feira, 19, no Cemitério da Vila Formosa, na zona Leste.