Economia gaúcha deve contar com um crescimento de 5% em 2023, segundo a Fiergs

Segundo uma projeção feita pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), a economia gaúcha poderá ter um crescimento de 5% em 2023. A estatística foi apontada durante o Balanço 2022 & Perspectivas 2023, realizado nesta terça-feira (6).

Com a reabertura do setor de serviços e o impulso fiscal gerado pelos programas sociais e a redução dos impostos, a economia se manteve aquecida no país durante 2022. No geral, a estimativa é de que a economia brasileira tenha crescido em torno de 3,1% no ano. 

No entanto, para o próximo ano a projeção aponta uma redução de 1% no ritmo do avanço. Para a Fiergs, o resultado dependerá da capacidade do novo Governo junto ao Congresso de sinalizarem a continuidade das reformas e medidas que assegurem o equilíbrio das contas públicas. “A perspectiva para 2023 vai depender de como o governo conduzirá a economia, o empresariado não sabe o que virá. A indústria tem que produzir, gerar empregos e impostos. O governo tem que nos fornecer condições para podermos trabalhar, não nos atrapalhar, e nem desmanchar alguns resultados que vêm bem”, disse o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry. 

Economia gaúcha deve avançar em 2023

Diferentemente do cenário nacional, a economia do Rio Grande do Sul deve apresentar uma retração de 2,5% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, em razão das perdas agrícolas provocadas pela estiagem. 

A recuperação da produção agrícola deve causar uma elevação nas taxas de crescimento, fazendo com que a projeção para 2023 seja uma alta de 5% na economia gaúcha.

O PIB da indústria brasileira deve encerrar 2022 com um avanço de 1,5%, enquanto a indústria gaúcha pode crescer 2,5%. Conforme o economista-chefe da Fiergs, André Nunes de Nunes, o início do próximo ano será determinante para a economia. “A grande incerteza é com relação à condução da política econômica de agora em diante. A importância da estabilidade das contas públicas não é novidade para ninguém. Os seis primeiros meses de 2023 serão importantes para entender qual a orientação da política econômica para os próximos quatro anos”, destacou.