Efeito-estufa: Rio Grande do Sul registra queda na emissão de gases

Relatório de emissão de gases do efeito-estufa divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul indica queda de 3,85% no ano de 2020. O resultado acompanha tendência mundial de queda, sendo positivo em relação ao resto do Brasil, que reportou, em geral, 10% de alta na emissão total.

A pesquisa foi detalhada pela pesquisadora Mariana Pessoa e técnicos do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). Confira abaixo mais detalhes sobre o relatório.

A agropecuária é a principal agravante do efeito-estufa no estado

A pesquisa foi produzida com base em dados geridos pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), baseado em diversas fontes e cobrindo os anos seguintes á 2015. O objetivo é estudar alternativas para a redução dos gases poluentes, atentar para os perigos das mudanças climáticas e estimular a colaboração da sociedade com a causa ambiental.

No Rio Grande do Sul, a agropecuária abrange mais da metade das emissões de gases poluentes (50,8%). O setor de energia e o de mudança do uso da terra e floresta seguem como os principais fatores, com 27,4% e 16,6% das emissões, respectivamente. Para o resto do país, o setor de mudança de uso da terra e floresta, que inclui desmatamento, é o principal fator, representando 48,3% das emissões.

Em comparação com pesquisas anteriores, houve uma queda de 1,8 milhão de toneladas de poluentes para a agropecuária gaúcha, que emitiu 39,4 milhões de toneladas em 2020 em relação a 41,2 milhões no ano de 2019.

Desastres naturais relacionados às consequências ambientais no Rio Grande do Sul continuam a aumentar. Dos 326 desastres registrados em 2022, mais de 90% estão ligados á estiagem, enquanto em 2015, a porcentagem era de menos de 1%.