Efeito intenso de fenômeno deve aumentar chuvas no RS
Um fenômeno intenso deve provocar um grande aumento nas chuvas no Rio Grande do Sul. Começando em julho e indo até agosto e setembro, o estado gaúcho terá o tempo influenciado pelo fenômeno atmosférico-oceânico chamado El Niño — de acordo com especialistas, as precipitações podem trazer grandes riscos durante o inverno.
Além do aumento do volume das chuvas, também são esperadas temperaturas mais elevadas pelos próximos meses. Os efeitos do fenômeno devem se intensificar até o fim do ano, em especial entre o período de outubro a dezembro. Confira abaixo mais informações sobre a chegada do El Niño no Rio Grande do Sul.
El Niño trará chuvas mais intensas no Rio Grande do Sul
O El Niño é um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico. Seus efeitos são diversos de acordo com cada região do mundo — no Rio Grande do Sul, provoca aumento das temperaturas e das chuvas.
Todo o estado será afetado. De acordo com as previsões do último Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada (Copaaergs), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), o El Niño trará volumes de precipitação acima da média para todas as regiões do Rio Grande do Sul.
No entanto, o fenômeno terá variações conforme a região. Na Metade Norte do RS, as chuvas devem ficar acima da média, enquanto na parte Sul do estado, os volumes devem ficar próximo ou ligeiramente acima do esperado.
O El Niño será sentido com mais força durante a primavera, nos meses de outubro a dezembro. As chuvas ocorrerão com mais frequência e podem trazer problemas para as culturas de inverno.
“No inverno, temos uma tendência de mais entradas diferentes frias, menor evaporação, volumes de chuva dentro da normalidade. Os modelos então nos mostrando chuva dentro do normal e acima do normal nesse próximo trimestre, já indicando um pouquinho de efeito do El Niño”, afirma a coordenadora do Copaaergs e agrometeorologista Loana Cardoso, conforme divulgado pelo Correio do Povo.
Imagem: Fernando Dias / Seapi / Divulgação