El Niño pode provocar novos recordes de temperatura
Intensificação do El Niño deve elevar as temperaturas globais, alerta a Organização Meteorológica Mundial. O evento climático, que ocorreu pela última vez em 2018-2019, traz consigo a possibilidade de seca em algumas áreas e chuvas torrenciais em outras.
Embora os especialistas tenham feito o alerta, ainda não há previsão exata do quanto as temperaturas vão aumentar, de acordo com Wilfran Moufouma Okia, chefe da divisão regional de serviços de previsão climática da OMM.
“O desenvolvimento do El Niño muito provavelmente levará a um novo pico do aquecimento global e aumentará as possibilidades de recordes de temperatura”, disse Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM).
El Niño e La Niña: Probabilidade de formação do fenômeno e impactos no clima mundial e no Brasil
De acordo com um comunicado da agência, há uma probabilidade de 60% de desenvolvimento do fenômeno El Niño até o final de julho e 80% de formação até setembro. Nos últimos três anos, a influência de La Niña causou o resfriamento das temperaturas. O ano de 2016, que coincidiu com um forte El Niño, foi o mais quente já registrado no mundo até agora.
Segundo o Copernicus, 2022 foi marcado por temperaturas extremas na Europa e China, contribuindo para que os últimos oito anos fossem os mais quentes do mundo. Enquanto a temperatura global ficou 1,2ºC acima dos níveis pré-Revolução Industrial, o Brasil registrou ondas de frio atípicas que reduziram a temperatura média em grande parte do país.
A exceção foi a região da floresta amazônica, onde houve um aumento na média de temperatura, embora os meteorologistas ouvidos pelo g1 não apontem nenhum fenômeno meteorológico específico que justifique esse quadro.
Foto: William Patzert/Divulgação