Emendas da oposição são negadas para o aumento do valor do Auxílio Brasil 2022 em R$600

A MP que instituiu o benefício extraordinário do Auxílio Brasil para o mínimo de R$400, aprovada pelo Presidente da República no ano passado, passou por nova votação na Câmara dos Deputados.

Foram apresentadas cerca de 60 emendas ao texto. Entre elas, estavam as propostas de parlamentares da oposição de aumentar o valor do benefício social para o piso de R$600, o que preocupava muito os auxiliares do governo.

Em meio aos debates que aconteceram na noite de ontem (28), o relator da MP, João Roma (PL-BA), rejeitou as emendas que tinham como proposta elevar o valor do auxílio. 

Foi acatada pelo relator, porém, a alteração ao texto que determina o piso mínimo de R$400 como permanente. A MP foi aprovada e segue para as mãos do Senado.

Benefício extraordinário de R$400 do Auxílio Brasil se torna permanente

A MP que instituiu o benefício extraordinário, editada pelo presidente Jair Bolsonaro em dezembro de 2021, foi aprovada pelo mesmo na época e passou a realizar repasses aos beneficiários do Auxílio Brasil de no mínimo R$400.

O pagamento nesse valor, porém, teria vigência somente até dezembro de 2022. Após a data, o benefício voltaria ao piso original, de R$224.

Como toda Medida Provisória, o texto estava próximo de expirar, e houve uma nova votação na Câmara. Durante os debates dentro do Plenário, o relator da MP, João Roma (PL-BA), decidiu por aprovar a emenda que torna o benefício extraordinário permanente.

Os beneficiários do Auxílio Brasil, agora, terão a garantia do valor mensal de R$400 para além de 2022.

Aumento para R$600 era temido por auxiliares do Governo

Auxiliares do governo Bolsonaro temiam a aprovação da emenda que pretendia elevar o valor do benefício para R$600, pois poderia representar um enorme dano aos cofres públicos.

Roma argumentou durante as negociações que a aprovação do valor elevado poderia ser vetada pelo presidente, a fim de não ferir a legislação fiscal.

Isso poderia acarretar no retorno ao piso original de R$224 do programa, o que prejudicaria as mais de 18 milhões de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza atendidas pelo benefício social do governo federal.