Empresa de POA que importava insumos para fabricação de drogas é investigada pela Polícia Civil

A Polícia Civil está investigando uma empresa de produtos químicos de Porto Alegre sob suspeita de importação de insumos para produção de entorpecentes. 

O empreendimento ficou sob suspeita após a prisão de 32 integrantes de uma organização criminosa que fazia telentrega de drogas há 10 anos na Região Metropolitana. 

Além da produção e entrega de entorpecentes, a corporação também apura a aquisição de imóveis nos Estados Unidos, principalmente em Miami, por parte dos líderes do grupo. 

A investigação está sob responsabilidade do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc). Segundo o delegado Gabriel Borges, responsável pela  3ª Delegacia do Denarc, os suspeitos faziam divulgações nas redes sociais e só trabalhavam com clientes de classe alta ou média em bairros nobres. 

Obtendo uma clientela fiel que consumia cada vez mais, a apuração aponta como indício que a empresa da Capital recebia valores dos traficantes para importar da China produtos químicos para fabricação de cocaína e outras drogas sintéticas. 

Conforme a polícia, 25 imóveis foram apreendidos judicialmente. A polícia suspeita de que as casas nos Estados Unidos estavam sendo usadas pelos líderes do grupo.

Quadrilha que traficava drogas na Região Metropolitana ostentava lucro 

Os suspeitos apontados como líderes da organização criminosa foram flagrados em festas e clubes situados em áreas nobres, fazendo passeios de lancha e comendo em restaurantes caros, além de viajarem para países como Caribe, Las Vegas e Miami, nos EUA, além de Barcelona, na Espanha. 

A investigação dá conta de que o esquema era o mais antigo e um dos mais lucrativos em atuação na Região Metropolitana. Além de contarem com cerca de 50 integrantes, o grupo ainda possuía escalas de serviço para atender os clientes.