Empresa do RS paralisa obras em unidade de saúde após realizar demissão em massa
As obras da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Nova, localizada na Avenida Alta Tensão, no bairro Campestre, em São Leopoldo, foram paralisadas pela Taurus, na última segunda-feira (24), após a publicação do decreto antiarmas pelo governo federal, ainda mais restritivo que o primeiro.
Na terça-feira (25), a empresa também demitiu cerca de 100 funcionários. “O decreto é sufocante”, justifica o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, após questionamentos sobre a demissão em massa.
Suspensão da obra
Ainda de acordo com Nuhs, a empresa não consegue manter a construção ativa. “Estamos construindo a UBS, mas suspendi a obra, não consigo manter”, afirma na terça (25).
Desde janeiro, outros 230 colaboradores já haviam sido demitidos da empresa, após o primeiro decreto antiarmas do governo federal. Contudo, com o segundo decreto, a situação ficou ainda mais alarmante na empresa. Além disso, representantes afirmam que não descartam novos desligamentos e cortes.
A parceria com a Prefeitura para a construção da UBS havia sido anunciada pelo Executivo no final de março de 2022. As obras têm investimento previsto de R$ 1,7 milhões da Taurus.
Decretos do governo Lula causam impactos na empresa
A Taurus é a maior fabricante de armas do Brasil, com sede no bairro Fazenda São Borja, em São Leopoldo. A empresa havia se responsabilizado pela construção da UBS Vila Nova, mas agora vai analisar o andamento.
O CEO afirma que, após todos os ajustes e desligamentos nas unidades, a Taurus para a contar, em São Leopoldo, com 2.700 funcionários.
“Somos uma indústria. Geramos empregos que sustentam famílias e a ideologia não considera isso. Em janeiro, veio um decreto e, agora, outro”, diz Nuhs, justificando as demissões em massa que ocorreram na empresa após os decretos de Lula.
Foto: Especial GES