Empresa gaúcha que já teve mais de 80 unidades sobrevive com apenas uma loja

Restará apenas uma das mais de 80 lojas que a empresa de instrumentos musicais, celulares e Smart TVs mais popular do Sul já teve. Até o final de junho as 29 sobreviventes serão fechadas pelo grupo de Santa Catarina, que comprou a Multisom.

A unidade que continua com as portas abertas é a Multisom Music, localizada na Avenida Alberto Bins, no Centro Histórico. A loja ficava perto de outras operações, que tiveram suas atividades encerradas nos últimos meses. Também foram fechadas unidades de Novo Hamburgo, São Leopoldo, Camaquã, Canoas e em Porto Alegre. A empresa foi comprada em 2019 pelo Grupo Schumann.

Em setembro de 2022, época em que algumas lojas já estavam tendo suas atividades encerradas, o grupo catarinense anunciou que os fechamentos faziam parte um processo de reestruturação e expansão de suas atividades.

Presidente da empresa revela o grande responsável pelo fechamento de tantas lojas

A famosa marca que está com seus dias contados, foi criada em Porto Alegre em 1988, e antes, podia ser considerada uma das maiores lojas especializadas em diferentes tipos de eletrônico, telefonias, informática e instrumentos musicais. Antes da leva de fechamentos, a marca contava com cerca de 80 filiais no estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A Multisom já teve 20 lojas em Porto Alegre, sendo nove no Centro. Entre os motivos que levaram ao fechamento de tantas lojas, André Schumann, presidente da empresa, destaca a perda do poder aquisitivo dos consumidores e o crédito caro, que prejudicam principalmente a venda de bens duráveis, que são os vendidos pela rede.

“A Multisom, loja especializada em Instrumentos Musicais, entra em um novo momento, com planejamento estratégico focado no mercado online e com lojas especializadas neste segmento, a exemplo da Multisom Music em Porto Alegre. Uma loja personalizada para atender músicos, desde os iniciantes, amadores até os profissionais”, disse em março, quando fechou outra unidade de Porto Alegre.

Imagem: Reprodução/ Jornal Repercussão