Empresa gaúcha recebe R$ 10 milhões do Governo para evitar demissão em massa
Veja mais detalhes sobre a empresa gaúcha que recebeu incentivos do Governo do Estado para evitar demissão em massa funcionários!
A empresa gaúcha Paquetá Calçados recebeu, nesta sexta-feira (16), por volta de R$ 10 milhões do Governo do Estado. O valor recebido diz respeito à antecipação de parcelas de incentivos fiscais e tem como objetivo evitar a demissão em massa de 3,1 mil funcionários.
Apesar da empresa ser originária do Rio Grande do Sul, ela conta com postos no Ceará e vem se recuperando judicialmente desde abril de 2019. Com o atraso do pagamento dos funcionários desde meados de março deste ano, a empresa começou a refletir suas pendências nos trabalhadores.
Sendo assim, com o intuito de evitar maiores complicações para a equipe da empresa, o Governo do Estado firmou um termo de compromisso com a Paquetá e antecipa um total de R$ 23 milhões, a serem pagos em duas parcelas.
“Esse valor seria pago em 31 parcelas mensais. O governador Elmano de Freitas, em um esforço extraordinário, está antecipando o pagamento para estimular a empresa, garantir um fôlego”, complementa o secretário do Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho.
Os incentivos fiscais para a empresa
Levando em conta a antecipação do Governo do Estado, a Paquetá teve que se comprometer a realizar o pagamento dos funcionários em dia e manter suas atividades no Ceará, com postos localizados em Itapajé, Pentecoste, Irauçuba, Apuiarés, Uruburetama e Tururu.
Além disso, Salmito Filho ainda afirma que a antecipação não pode ser dada a todas as empresas. Contudo, por se tratar de uma empresa em recuperação judicial, o governo dará apoio a mais.
A Paquetá recebe incentivos fiscais desde 1997, através do Programa de Incentivo de Desenvolvimento Industrial (Provin).
Trabalhadores iniciaram mobilização
Em maio deste ano, os trabalhadores da empresa iniciaram uma mobilização contra a Paquetá, devido ao atraso dos pagamentos e a não entrega das cestas básicas, benefício previsto no contrato da empresa.
Com diversas publicações nas redes sociais, os manifestantes se reuniram em frente às unidades de trabalho para cobrar seus direitos como funcionários. Um dos manifestantes informou que não recebeu sua rescisão completa e que a empresa não definiu uma previsão para a regularização.
Imagem: José Cruz / Agência Brasil