Ervino Rieger esteve em Porto Alegre com o Recital “Sonho Brasileiro” no último dia 28, veja o repertório da apresentação

O pianista Ervino Rieger apresentou na última terça-feira (28) no Conservatório de Música da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) o recital Sonho brasileiro. Promovido pelo Sesc, a proposta é resgatar obras brasileiras da música instrumental disponíveis no banco de partituras do Sesc. 

Ervino,  nascido em Cruz Alta, é graduado com Ney Fialkow pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul ( UFRGS ), O pianista iniciou suas atividades musicais em 2014 e vem desenvolvendo carreira no Brasil e no exterior. 

Já trabalhou como solista ao lado de regentes como Ligia Amadio, Martín Garcia, Diego Pacheco e Silvio Viegas nas orquestras Filarmônica de Montevidéu – com a qual teve sua estreia como solista – Orquestra GRU Sinfônica e Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA).

O pianista está contente com a oportunidade de interpretar compositores brasileiros

O pianista comentou ao Diário Popular que está feliz com a oportunidade de interpretar compositores brasileiros além dos clássicos conhecidos do grande público “Geralmente quando a gente estuda música brasileira a gente pega compositores tipo Villa Lobos, Guarnieri e acaba deixando os outros tantos de lado, principalmente os contemporâneos e o mais interessante foi isso, ter a oportunidade de montar um programa  que coube muita coisa interessante”. 

Pela primeira vez o músico tocou peças de Brasílio Itiberê e também Chiquinha Gonzaga esteve no repertório da noite“ A própria Chiquinha eu conhecia só umas das peças que eu vou tocar, a Gaúcho, do Corta Jaca”. 

O pianista destacou que alguns nomes, como Chiquinha Gonzaga, ainda sofrem preconceito no mundo da música de concerto. “Tem certo preconceito com o estilo dela, de nomes como Ernesto Nazareth, Zequinha de Abreu, esse pessoal da época. Na verdade o que eles fizeram foi unificar o estilo da música europeia de concerto com os estilos afro-brasileiros que estava em vigor na época, mas na verdade não são composições de caráter popular”.