Especial: Da luta à vitória. Os kms percorridos, às brigas com a PM e a volta dos R$ 3
Foram duas árduas semanas. Com grandes confrontos contra a PM, mas com imagens históricas, como na noite de 17 de junho, onde em uma segunda-feira, cerca de 100 mil pessoas, andaram mais de 10 KM para representar São Paulo. Para o paulistano, o dia em que tinha marcha do Movimento Passe Livre, era de temor para uns e de alegria e satisfação para milhares. Milhares que começaram a reivindicar pelo reajuste nos transportes públicos, que no dia 2 de junho, um domingo, passou de R$3 para R$ 3,20. Vinte centavos que deixou muita gente economizando na comida ou dando um aperto em casa para manter às contas em dia. Antes do aumento, trabalhadores articulados pelo Passe Livre e por organizações de bairros foram às ruas protestar. Eram poucos, como os que fecharam o Terminal Pirituba, a Avenida M´Boi Mirim, e até alunos de uma escola estadual que atravessaram o Viaduto Rangel Pestana e chegaram ao Terminal Parque Dom Pedro II. No dia 6 junho, o primeiro grande ato. Em uma concentração no Viaduto do Chá, que após chegou à Avenida 23 de Maio e Avenida Paulista, sendo repelida agressivamente pela PM, na altura da Praça Oswaldo Cruz, no Paraíso, zona Sul. Talvez às cenas de guerra protagonizadas pela cidade, mexeram com o pensamento de algumas pessoas, que a partir daí, passaram a dizer que queriam um Brasil melhor, “e não seria apenas pelos 20 centavos”. Leia abaixo as reportagens produzidas pelo Infodiretas desde o dia 6 de junho.