Estudo aponta mais de 140 locais de risco na capital do Rio Grande do Sul

Na tarde da última segunda-feira (3), o prefeito Sebastião Melo recebeu um novo mapeamento das áreas de risco da Capital, realizado em parceria da prefeitura com o Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério de Minas e Energia. A entrega foi feita no Centro Administrativo Municipal.

O documento, que em 2013 apontava que havia 119 locais de risco em Porto Alegre, agora aponta que são 142 áreas de risco, nas quais 20.884 famílias que vivem.

Estudo aponta aumento no número de áreas de muito alto risco no RS

A produção do relatório, que foi feita por equipes técnicas do Serviço Geológico e obteve suporte da Defesa Civil e do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), usou como referência três modelos de metodologia, por meio dos processos de movimento de massa (deslizamento, quedas de blocos e corridas de massa); hidrológicos (enxurradas, inundação e enchente) e erosivos (marinha, continental e fluvial).

De acordo com a prefeitura de Porto Alegre, os graus de risco são separados entre alto e muito alto. Em 2013, foram levantadas 109 áreas de alto risco e dez de muito alto risco. Em 2023, as áreas de alto risco são 91 e de muito alto risco 51

Conforme o gerente de Hidrologia e Gestão Territorial, engenheiro hidrólogo do Serviço Geológico, Franco Buffon, o mapeamento foi formado devido as visitas realizadas nas localidades indicadas. “Colocaremos nossas equipes para realizarem um treinamento aos subprefeitos e servidores da Defesa Civil,” comentou Franco.

Segundo o estudo, 15 das 17 regiões do Orçamento Participativo apresentam algum tipo de risco, sendo elas:

  • Partenon (27);
  • Glória (21);
  • Leste (19);
  • Sul (15);
  • Ilhas (14);
  • Norte (14);
  • Centro-Sul (7);
  • Restinga (7);
  • Eixo-Baltazar (4);
  • Nordeste (4);
  • Extremo-Sul (3);
  • Humaitá/Navegantes (2);
  • Cruzeiro (2);
  • Cristal (2);
  • Centro (1).

Também foi divulgado que o estudo considera as seguintes tipologias de risco: alagamentos, corrida de detritos, corrida de massa, deslizamento, deslizamento em cunha, deslizamento não específico, deslizamento planar, enxurrada, erosão de margem fluvial, erosão laminar, inundação, queda de blocos, queda de lascas e ravina.