Ex-Prefeito de Porto Alegre revela o que deve ser feito para proteger cidade de novas enchentes
Nesta sexta-feira, o programa Gaúcha Atualidade trouxe um tema crucial para os moradores de Porto Alegre: a prevenção contra enchentes. Nelson Marchezan Jr., ex-prefeito da capital gaúcha entre 2017 e 2021, foi entrevistado para discutir as medidas tomadas durante seu mandato e o que ainda precisa ser feito para evitar futuros desastres.
Durante a conversa, Marchezan criticou o sistema atual de drenagem da cidade, mencionando que ele oferece uma “falsa sensação de segurança”. Segundo ele, não há um plano B eficaz quando o volume de água dos rios supera a capacidade das estruturas existentes, deixando a cidade vulnerável a enchentes.
Quais soluções Nelson Marchezan Jr. propõe para o sistema de drenagem?
O ex-prefeito sugeriu uma série de melhorias que considera essenciais para a prevenção de enchentes em Porto Alegre. Novas bombas e motores, que não dependam exclusivamente da gravidade, foram destacados como cruciais. Marchezan afirma que, com o rio atingindo níveis mais altos, o sistema deve ser capaz de escoar a água de forma eficiente, sem depender das variações de gravidade.
Quando perguntado sobre as ações efetivas de seu mandato, Marchezan ressaltou a operacionalização de 100% das casas de bombas. Além disso, ele mencionou um grande projeto de macrodrenagem, que envolvia uma parceria público-privada com investimentos na ordem de R$ 2,8 bilhões, embora esse projeto não tenha continuado sob a nova gestão.
A zona norte de Porto Alegre, uma das mais afetadas pelas enchentes, foi outro tema abordado por Marchezan. Ele enfatizou a necessidade de um novo estudo nessa região para desenvolver estratégias de prevenção mais eficazes. Além disso, comentou sobre a extinção do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), defendendo que a integração entre diferentes especialidades é essencial para a criação de soluções inovadoras e efetivas.
Marchezan defende que o conhecimento gerado pela união de profissionais de diversas áreas pode proporcionar uma base sólida para que decisões assertivas sejam tomadas pelo poder público.
