Execução de publicitário por PMs na Vila Madalena, zona Oeste, completa um ano

A execução do empresário e publicitário Ricardo Prudente de Aquino, na época com 41 anos, por três PMs, na Avenida das Corujas, Alto de Pinheiros, zona Oeste, completa um ano nesta quinta-feira, 18. Na noite desta quinta-feira, haverá uma missa em homenagem à memória de Ricardo Aquino. Atendendo uma ordem dada pela juíza Lizandra Maria Lapenna, uma nova reconstituição do crime deve ser providenciada pela Polícia Civil. Na noite de 18 de julho de 2012, o Fiesta escuro do empresário passou em alta velocidade por carros e motos da PM que faziam ronda e perseguiam um suspeito na região, próximo à Vila Madalena. Segundo a versão apresentada no 14º DP (Pinheiros), assim que passou pelos PMs, o carro de Aquino passou a ser perseguido pelas ruas do bairro, até que em dado momento, os PMs em uma viatura interceptaram o carro do publicitário, onde o disparo de um PM atingiu a cabeça de Aquino, que socorrido, morreu no hospital. Pela versão da PM, um celular nas mãos de Aquino teria sido confundido com uma arma. O cabo Adriano Costa da Silva, de 26 anos, e os soldados Luis Gustavo Teixeira da Silva, de 27, e Robson Tadeu do Nascimento Paulino, de 30, foram indiciados por homicídio e chegaram a ficar presos, sendo soltos por decisão judicial. Segundo o advogado dos PMs, em entrevista ao portal G1, seus clientes respondem ao processo em liberdade, mas estão afastados da rua, exercendo trabalhos administrativos na corporação.

Maconha no carro teria sido forjada pelos policiais

No momento da perícia, agentes encontraram cerca de 50 gramas de maconha no carro do publicitário. A família de Ricardo Aquino, sempre negou que ele fosse usuário ou que portasse drogas. Para o promotor do caso, Rogério Zagallo, a droga foi “plantada” como uma maneira de incriminar e alegar a não parada do publicitário à abordagem da PM.