Família de Porto Alegre está com o consumo estagnado? Entenda

Um estudo do IPC Maps avaliou que o consumo das famílias brasileiras ao longo de 2022 deve movimentar o montante de cerca de R$5,6 bilhões. O valor representa um aumento de apenas 0,92% se comparado a 2021.

O consumo no país caminha a passos lentos pois a população ainda se recupera da crise pandêmica, agravada pelo cenário atual de guerra entre Rússia e Ucrânia.

No ranking de consumo entre regiões, o Nordeste recupera a vice-liderança e deixa o Sul para trás. O principal motivo está na retomada do turismo, distribuição do Auxílio Brasil e outros programas sociais na região.

Outros objetos do estudo

O estudo também observou que, durante o cenário de pandemia e crise econômica, cerca de 1,1 milhão de empresas foram fechadas de 2021 para cá. 

Parte esmagadora do total eram Microempreendedores Individuais, o que evidencia que os mais afetados foram os empresários que possuem um faturamento menor.

Atualmente, são 11,6 milhões de empresas ativas. Grande parte está concentrada no sudeste (49,3% das unidades); seguida pelo Sul (18,1% das unidades). São, respectivamente, cerca de 121,7 e 127,8 empresas por habitante nas regiões.

Novos hábitos de consumo no pós-pandemia

Houve um aumento nos gastos dos consumidores de 14,53% nos gastos com o carro próprio, principalmente devido aos novos hábitos adquiridos na pandemia. Este valor foi maior que o gasto com alimentação, de 12,81%.

 “Como na pandemia muitas indústrias pararam de produzir, principalmente autopeças eletrônicas, as empresas tiveram de prolongar os prazos de entrega e reajustar seus valores. Enquanto isso, crescia a demanda por transportes via aplicativos e deliveries, tanto pelo consumidor — que passou a usar mais esses serviços —, quanto pelos trabalhadores — que viram nesse segmento uma oportunidade de compensar a perda do emprego ou de parte do seu salário, ou ainda, de ter uma renda extra”, avaliou o diretor do IPC Maps.

Os itens básicos, porém, continuam como prioridade. A maior parte dos gastos dos brasileiros destinam-se a habitação, outras despesas (serviços gerais, reformas, seguros), medicamentos e saúde, entre outros.