Famílias sem notícias; veja o que como está a situação dos sobreviventes da tragédia de Petrópolis
Uma semana após a tragédia na qual fortes chuvas causaram deslizamentos e enchentes no município de Petrópolis, diversas famílias seguem angustiadas sem notícias dos parentes.
Sabe-se até agora que o número de mortos é de 183 pessoas, e de desaparecidos, 85. As buscas continuam sendo feitas pelas equipes de resgate, mesmo com a dificuldade que elas têm enfrentado devido a ocorrência de mais chuvas na região.
Famílias sobreviventes da tragédia de Petrópolis buscam entes desaparecidos
As famílias sobreviventes que seguem em busca vivem um cenário de angústia que aumenta a cada dia que passa. Muitos desses moradores chegaram a mexer nos destroços e deslizamentos por conta própria a fim de encontrar os corpos de seus entes queridos.
Como exemplo podemos citar o marceneiro Leandro Rocha, que percorreu os rios de Petrópolis em busca do filho, Gabriel, de 17 anos. O adolescente estava em um dos ônibus que caíram no Rio Quitandinha na última terça-feira (15).
As imagens de Gabriel tentando escapar da correnteza que atingiu o ônibus foram filmadas por moradores e logo chegaram à imprensa, a família prontamente o reconheceu.
O último contato que a mãe de Gabriel teve com o filho foi via WhatsApp, onde o mesmo enviou na conversa uma foto do Rio Quitandinha já cheio, mas dentro da normalidade perante a chuva que caía.
“Como mãe, a gente pede que aconteça um milagre. Só um milagre para reverter essa história. Estou com o coração partido, mas sei que achar o Gabriel com vida, é muito remoto. Só um milagre mesmo”, diz Luana, mãe de Gabriel Vila Real da Rocha, que segue desaparecido a sete dias.
Corpo desaparecido
De acordo com a família, o corpo de Lucas Rufino da Silva, de 21 anos, que foi encontrado por eles no Morro da Oficina, desapareceu.
Os parentes do jovem relatam que desceram com o corpo e em seguida não o encontraram mais. O pai, Adalto Vieira da Silva, angustiado, relata que “não está dormindo”.
Adalto e o tio de Lucas, Ricardo Rufino, seguem nas buscas pelo corpo. “Podem ter enterrado por engano, não tem outra explicação”, diz o tio.
A Polícia Civil afirmou que não houve confirmação de entrada do corpo de Lucas no IML. O caso segue sendo investigado.
Morro da Oficina
Uma das regiões mais atingidas foi a do Morro da Oficina. A família Miranda, moradora do morro, segue na busca dos corpos de Maria Eduarda, de 17 anos, e de sua avó, Celi Miranda, de 86.
Ambas estavam em casa e foram soterradas no primeiro andar do imóvel. De acordo com a madrasta de Maria Eduarda, a menina não quis subir para o outro andar pois não queria deixar a avó acamada sozinha.
Como ajudar
Diversas ONGs e iniciativas estão arrecadando doações para as famílias afetadas pela tragédia de Petrópolis. Já existem pontos em diversos locais do Brasil, além da doação de forma virtual.
Ao clicar neste link, você confere uma matéria completa com contatos oficiais para ajudar os moradores de Petrópolis, virtuais e presenciais.