Famosa empresa com 42 anos no mercado pede recuperação judicial
O Grupo SideWalk, uma empresa com 42 anos de história, entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). A dívida do grupo foi avaliada em R$ 25,57 milhões. A solicitação incluiu também a concessão da tutela de urgência para antecipação do “stay period”, que é o período de suspensão das ações e execuções contra a empresa. A decisão do TJSP foi favorável, concedendo a antecipação da tutela na última terça-feira.
A Justiça decidiu pela suspensão da prescrição das obrigações dos devedores sujeitos à recuperação judicial. Esta suspensão abrange todas as execuções ajuizadas contra os devedores, incluindo aquelas contra credores particulares dos sócios solidários. Entre os principais credores da marca estão os bancos Santander, Bradesco, Daycoval e Sofisa.
Recuperação Judicial do Grupo SideWalk
Os documentos do Tribunal proíbem qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão sobre os bens dos devedores. Além disso, as empresas e fornecedoras de serviços listadas foram instruídas a não suspender o fornecimento de seus serviços pelo não pagamento dos débitos sujeitos à recuperação judicial.
Segundo a defesa, o Grupo SideWalk vinha experimentando crescimento sólido, com expansões em todo o território nacional. No entanto, uma série de crises econômicas ao longo dos anos e a pandemia de Covid-19 impactaram financeiramente a empresa. A interrupção das atividades devido à pandemia prejudicou significativamente as vendas e resultou em perdas no faturamento.
Fatores que contribuíram para a crise financeira do Grupo SideWalk
- Cobrança de aluguéis altos durante a pandemia.
- Aumento de impostos e juros altos.
- Alta no custo de mercadorias, como a borracha e o algodão, que subiram 30%.
- Aumento das temperaturas médias durante meses de inverno, reduzindo as vendas.
Todos esses fatores combinados trouxeram consequências significativas para o caixa e as finanças do grupo, levando à necessidade do pedido de recuperação judicial.
Próximos passos para o Grupo SideWalk
Apesar do pedido, as operações do Grupo SideWalk estão continuando normalmente. As lojas próprias, o Centro de Distribuição e a Central Administrativa estão em pleno funcionamento. As 20 franquias espalhadas pelo país não fazem parte do pedido de recuperação judicial e, portanto, não são impactadas.
O processo está tramitando na 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, sob o juiz Adler Batista Nobre. A empresa busca o reescalonamento do passivo para garantir sua sobrevivência e retorno a uma operação normal. O objetivo é encontrar uma solução que permita ao Grupo SideWalk voltar a crescer e se estabilizar financeiramente no mercado.