Famosas redes de supermercados fecharam unidades e demitiram centenas de funcionários

Duas grandes redes de supermercados anunciaram o fechamento de várias unidades em meio à crise econômica internacional que impacta fortemente o setor de varejo alimentar em 2025. Esse cenário é resultado da combinação entre inflação persistente, queda no poder de compra e mudanças no comportamento dos consumidores, que têm pressionado redes tradicionais a se reinventarem para garantir a sobrevivência.

Na Espanha, a rede Alcampo, parte do grupo francês Auchan, comunicou o encerramento de 25 lojas físicas e a redução das operações em 15 hipermercados, o que afetará cerca de 710 funcionários, aproximadamente 3% do quadro local. Essa reestruturação faz parte de uma estratégia para se adaptar ao novo perfil do consumidor e aos desafios decorrentes da aquisição de 224 unidades da rede DIA em 2023, muitas das quais apresentaram baixo desempenho devido à sobreposição geográfica e localizações pouco rentáveis.

Para se ajustar, a Alcampo aposta em um modelo multicanal e multiformato, com foco em lojas menores, mais ágeis e digitalizadas, além de modernizar unidades existentes e aprimorar sua logística para reduzir custos e aumentar eficiência.

Famosa rede de supermercados nos Estados Unidos também fechou unidades

Nos Estados Unidos, a rede Daily Table, fundada em 2015 com o objetivo de oferecer alimentos saudáveis e acessíveis para combater a fome e a obesidade, encerrou todas as suas operações. A empresa não conseguiu captar novos investimentos em meio à crise e, apesar do impacto positivo em comunidades de baixa renda e da base de mais de 3 milhões de clientes, não conseguiu manter sua viabilidade financeira.

Esses casos evidenciam uma transformação profunda no varejo alimentar, que precisa equilibrar eficiência operacional, inovação tecnológica e responsabilidade social para atender consumidores mais exigentes e adaptados à digitalização. Grandes estruturas físicas, antes consideradas fortalezas, hoje são passivos em um contexto de crise, e a sobrevivência depende da agilidade, digitalização e capacidade de adaptação das empresas.