Fenômeno devastador afeta todo o planeta e especialista alerta: “Apenas o primeiro”
De acordo com dados dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos, que tem ligação com a administração Oceânica e Atmosférica Nacional do país, segunda-feira (3), foi o dia mais quente da história, e a média global chegou a atingir 17,01°C. O estranho fenômeno impressionou aos especialistas ao redor do mundo.
Nas últimas semanas, as regiões sul dos Estados Unidos têm sido afetada uma intensa área de calor. Na China, os moradores também têm sofrido com uma forte onda de calor, com temperaturas acima dos 35°C. Já no norte da África, os números impressionam e as temperaturas têm atingido quase os 50°C.
Para a surpresa de especialistas de todo mundo, até a Antártida, que está no período de inverno, registrou temperaturas incomuns e acima da média.
Fenômeno é “uma sentença de morte para as pessoas e ecossistemas”
De acordo com especialistas, os grandes causadores desse aumento de temperaturas é a volta do fenômeno El Niño e as mudanças climáticas induzidas pelo homem, que têm sido cada vez mais frequentes.
“Infelizmente, isso é apenas o primeiro de uma série de novos recordes que serão estabelecidos neste ano, à medida que as emissões crescentes de dióxido de carbono e gases de efeito estufa, juntamente com um evento de El Niño em desenvolvimento, empurram as temperaturas para níveis cada vez mais altos”, alertou Zeke Hausfather, cientista de pesquisa do Berkeley Earth.
O El Niño representa o aquecimento das águas do Oceano Pacífico e ocorre em período de dois a sete anos. O fenômeno é conhecido por provocar temperaturas mais altas em todo o mundo.
De acordo com a cientista climática Friederike Otto, do Instituto Grantham para Mudanças Climáticas e Meio Ambiente do Imperial College London, no Reino Unido, a temperatura registrada na segunda-feira não é um marco para se comemorar, mas sim “uma sentença de morte para as pessoas e ecossistemas.”
Imagem: Climate Reanalyzer