FGTS: Após o saque posso investir? Ou é melhor deixar na poupança? Entenda
O FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) é um direito do trabalhador de carteira assinada, e garante a proteção no indivíduo em alguns casos específicos nos quais ele poderá sacar o valor acumulado.
É obrigação da empresa depositar todos os meses na conta do Fundo de Garantia do empregado o correspondente a 8% do seu salário bruto mensal mais juros. Esses juros não são descontados da remuneração mensal do trabalhador.
O governo liberou um saque extraordinário do FGTS de até R$1000 que começará a ser liberado no dia 20 de abril. O que muitos podem se questionar, é: vale a pena deixar o dinheiro parado, rendendo apenas no Fundo de Garantia? Ou é melhor sacar e investir em outra modalidade? Confira o que alguns especialistas comentam sobre isso.
Rentabilidade do FGTS
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço possui hoje um retorno fixo de 3% ao ano + Taxa Referencial (TR) variável (está em 0,048% ao ano). Quando o governo federal realiza uma distribuição dos lucros que são revertidos ao FGTS, a rentabilidade pode ser maior.
No ano passado, foi adicionado 1,8% ao ano à base de remuneração, após uma distribuição de R$8,1 milhões pelo governo. O saldo final do período registrou uma rentabilidade de 4,92%.
Vale a pena deixar o dinheiro rendendo no Fundo de Garantia?
A taxa Selic teve um aumento para 11,75% ao ano, o que afetou diretamente a rentabilidade do FGTS. Até mesmo a caderneta de poupança, hoje, possui um rendimento superior ao Fundo de Garantia.
A poupança estabelece que quando a taxa básica de juros ultrapassa os 8,5% ao ano, o rendimento é de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial. Sendo assim, a poupança alcança 6,10% mais as taxas variáveis atualmente.
Em momentos de baixa na taxa Selic, o FGTS tende a ter uma remuneração mais robusta. Como estamos em um cenário inverso, investimentos em renda fixa são mais interessantes.
A poupança é interessante para aqueles que não desejam comprometer seu dinheiro, ou seja, querem poder sacá-lo a qualquer momento. Devido a isso, a poupança possui baixa remuneração e não é tão interessante como investimento a longo prazo.
O Tesouro Direto e os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) são opções mais vantajosas para aqueles que buscam uma maior rentabilidade do seu dinheiro, porém, a liquidez não é como a da poupança.
Investimentos mais interessantes que o FGTS
Através da internet, é possível encontrar diversas calculadoras para realizar simulações de investimentos em renda fixa. Abaixo, mostraremos alguns exemplos:
O Tesouro Direto está com a taxa de 11,77% ao ano, e um investimento inicial de R$5 mil + 33 depósitos mensais de R$400 resultariam em um retorno de R$22.312,09, para resgate em janeiro de 2025.
No caso dos CDBs, utilizando os mesmos valores e prazos de investimento acima, o retorno recebido seria de R$20.574,06 e R$20.189,92, respectivamente.
O Tesouro Selic possui um pagamento de 0,0494% + a variação da taxa básica de juros. Nesse tipo de investimento, caso um indivíduo escolha fazer um investimento de R$5 mil + 35 depósitos de R$400 ao mês, o rendimento seria de R$22.216,06 para resgate em março de 2025.
Atenção: Caso o investidor resgate o dinheiro antes do vencimento, os valores investidos poderão sofrer oscilações.
Atente-se à declaração dos seus investimentos no Imposto de Renda, que dependendo do prazo, oscila na porcentagem: para o resgate em 6 meses, a alíquota é de 22,5%, para os saques acima de 2 anos, 15%.
Fonte: Uol