Ford vai demitir milhares de funcionários e o motivo é surpreendente
Diante de novas leis, a Ford anunciou que demitirá 11% de seu quadro de funcionários na Europa ao longo dos próximos três anos. A decisão faz parte do processo de transição da empresa para o fim da produção de carros movidos a diesel e gasolina, fazendo a sua substituição por veículos elétricos.
É previsto que a demissão afete 3,8 mil trabalhadores. A medida é uma adaptação da companhia diante da decisão aprovada pela União Europeia nesta terça-feira (14) de proibir a venda de carros novos com motores a combustão.
Ford se adapta através da fabricação de carros elétricos
A expectativa é que a partir do ano de 2035, todos os carros fabricados pela Ford no continente europeu sejam movidos a eletricidade. Os países mais afetados serão a Alemanha, que deve perder 2,3 mil funcionários, e o Reino Unido, com 1,3 mil demissões. Em coletiva de imprensa, o chefe da Ford Alemanha afirmou que a companhia busca competir e vencer diante dos novos cenários econômicos e geopolíticos.
A proibição declarada pelo parlamento europeu pretende reduzir as emissões de gás carbônico dos veículos no país. Com o intuito de diminuir o impacto das mudanças climáticas no planeta, a União Europeia traz como meta reduzir as suas emissões em 55% até o ano de 2030.
Demissões em massa afetam empresas ao redor do mundo
Em agosto de 2022, a Ford anunciou outra demissão em massa, de quase 3 mil trabalhadores em suas fábricas nos Estados Unidos, Canadá e Índia. Na ocasião, a justificativa foi o corte de gastos diante do cenário de transição para a fabricação de veículos elétricos.
A decisão da Ford é mais uma na onda de demissões em massa de grandes empresas ao redor do mundo. Esses desligamentos têm afetado principalmente empresas de tecnologia, como a Amazon, Google, Microsoft e o PayPal.