Gaúcha escapa do ataque do Hamas em Israel e faz revelações chocantes
Tristeza, revolta e uma grande dose de alívio passaram a fazer parte da vida da gaúcha Gabriela Barbosa, após ela sobreviver ao ataque do grupo terrorista Hamas à rave Universo Paralello, que aconteceu no dia 7 de outubro, em Israel.
A felicidade em estar se divertindo ao lado dos amigos e do namorado na festa foi tomada por uma invasão de terroristas, presenciada pela jovem. “Eu fiquei extremamente apavorada, nunca tinha vivido nada disso”, disse em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade desta segunda-feira (16).
Jovem gaúcha sobrevive à ataque terrorista em Israel e volta para o Brasil
De acordo com Gabriela, a festa, que aconteceu em um parque que havia sido fechado para o evento, promove valores como amor, paz e união entre povos.
A sobrevivente conta que tudo estava bem, até que o dia clareou e os seguranças da festa começaram a correr, avisando aos presentes no local sobre o ataque. No momento, Gabriela olhou para o céu e avistou bombas vindas da Faixa de Gaza, território controlado pelo Hamas.
A gaúcha lembra que logo que os bombardeios tiveram início, a música foi interrompida e um anúncio feito pelo microfone pediu que todos se deitassem no chão. “A gente foi para dentro das barracas, deitamos no chão protegendo a cabeça. Dez minutos depois falaram para a gente evacuar o local o mais rápido possível. Essa hora já existia uma sensação de desespero de várias pessoas.”
Pouco depois do choque, Gabriela e o namorado entraram em um carro e se dirigiram em direção à região do Mar Morto. Segundo a jovem, a ficha de seu namorado caiu ao longo do caminho, quando ambos se depararam com um carro alvejado e uma pessoa desacordada no interior do veículo.
“não me falou nada para não me deixar assustada. A gente estava passando por um campo aberto dos nossos dois lados. Ele chegou a 200 km/h por hora, dirigia sem parar”, conta a gaúcha.
Os amigos do casal, que agora estão hospitalizados, estavam em outros carros, logo atrás. De acordo com Gabriela, um deles está com um buraco de bala do tamanho da palma de uma mão de um adulto em um braço, e outro, quebrou um braço com o tiro.
Outros dois amigos percorreram trinta quilômetros a pé durante o dia sob o sol para fugir.
Gabriela e o namorado ficaram em um hotel na região do Mar Morto por dois dias. Ela retornou para o Brasil no segundo avião de repatriação da Força Aérea Brasileira (FAB).
Imagem: Mateus Bruxel / Agencia RBS