Gaúcho tem prejuízo de R$ 40 mil após marcar encontro pelo Tinder

Um homem foi dopado por três dias e teve prejuízo financeiro estimado em R$ 40 mil reais após encontro marcado no aplicativo de relacionamentos Tinder, em Porto Alegre. O criminoso deixou a vítima desacordada e então realizou transferências bancárias em seu celular e roubou objetos pessoais na casa.

O crime aconteceu no começo do mês de março e está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância da Capital. Confira abaixo mais informações sobre o caso.

Homem foi dopado durante encontro no Tinder

Em relato para o portal GZH, a vítima, um profissional da saúde, revelou que conheceu o criminoso no Tinder e mantiveram contato por cerca de 20 dias, incluindo mensagens e chamadas de vídeo, até marcarem um encontro em sua casa.

O criminoso apresentou comportamento suspeito, mas que passou despercebido durante a ocasião: ele insistiu para que a vítima usasse o cartão de crédito para pagar uma bebida, por exemplo. A suspeita é que ele tenha visto os dados bancários durante este momento.

O próximo passo da ação foi alterar a bebida. Em algum momento, ele colocou doses de duas substâncias no vinho que dividiam, causando efeito quase imediato na vítima. De acordo com a investigação policial, a dosagem ingerida poderia ter sido letal.

 “Eu bebi uma taça e parei, mas ele insistiu para tomarmos outra. Bebi e de repente minha memória apagou, não lembro de nada.”, afirma o homem. “(…) É como se eu tivesse caído no sono imediatamente.”

O homem perdeu a consciência às 20h. Durante quatro horas, o criminoso ficou na casa, período no qual ele usou o smartphone da vítima para fazer transferências e compras no débito. O celular, documentos, cartão de crédito e outros itens de valor como relógios e roupas foram levados.

O profissional da saúde acredita que tenha sido escolhido como vítima por razões de homofobia, para dificultar a denúncia. Ele relata que além das perdas financeiras, têm sofrido também com o trauma. “Minha vida virou um caos completo. Eu achava que já tinha passado pelas piores coisas que a vida podia jogar em cima de mim, mas descobri que não”. Ele tem passado por acompanhamento psicológico e psiquiátrico desde a ocasião.

De acordo com a Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância, ocorreram seis casos similares em Porto Alegre, em outros aplicativos além do Tinder. A Polícia acredita não haver relação entre as ações, pois nos últimos as vítimas foram agredidas ao invés de dopadas.