Gigante paranaense perde na Justiça e terá de fazer mudança

As coisas não andam muito bem para o Coxa. Recentemente, o clube sofreu uma derrota na Justiça após não cumprir um acordo com a maior fabricante de capacetes do mundo, a Pro Tork.

A empresa foi parceira do Coritiba na construção e reforma de reta da Mauá no estádio Couto Pereira, mas teve os naming rights do setor retirados antes do final do contrato. Com isso, a fábrica conseguiu um mandado que obriga o Coxa a renomear a área como Setor Pro Tork no prazo de trinta dias, sob pena de multa diária de R$ 20 mil, com limite de R$ 1 milhão.

O acordo entre Coritiba e Pro Tork foi feito em 2013 pelo presidente da época, Vilson Ribeiro de Andrade, e pelo proprietário da empresa, Marlon Bonilha. No contrato, estava prevista a construção do terceiro anel, com a criação dos camarote e a revitalização da área da Mauá. O setor foi inaugurado em 2014, e no acerto havia a definição de que os naming rights seriam cedidos por seis anos. Também estava especificado que durante esse período, o clube faria o ressarcimento à empresa.

Desentendimento faz Coritiba perder na Justiça

Por um grande período, o clube fez diversos adiantamentos do pagamento, que era de R$ 16,6 milhões. A negociação foi composta a partir de 2016 com o ajuste dos juros da dívida do Coritiba com a Pro Tork, e os valores a partir de 2018. Para a empresa, isso significava a manutenção dos naming rights até 2024. Já o Coxa afirmou que o contrato era anterior e que terminava em 2020.

Após esse desentendimento, o Coritiba enviou numa notificação extrajudicial à Pro Tork, informando que “o prazo de 72 (setenta e dois) meses contados a partir da disponibilização do 3º Anel no Estádio ao público (04/10/2014) teria se escoado“, de acordo com o mandado assinado pela juíza Bruna Greggio. Com isso, o Coxa retirou as identificações do Setor Mauá e a empresa entrou na Justiça pedindo a renomeação da área.

Segundo o despacho da juíza, pelo contrato, é possível constatar “que o clube requerido se equivocou ao retirar a denominação SETOR PRO TORK do 3° anel do Estádio Couto Pereira uma vez que o contrato, como um todo, ainda está vigente“. Por esse motivo, ela decidiu que o Coritiba precisa reestabelecer a denominação “em todo o seu material, marketing, mídias e demais publicidades e eventos, bem como quando da comercialização do espaço perante torcedores e patrocinadores“.