Governador do RS confirma que vai encaminhar aumento de imposto no estado

O cenário político e econômico do Rio Grande do Sul está intensamente movimentado diante da possibilidade de aumento da alíquota geral de ICMS, anunciada pelo governador Eduardo Leite. Esta medida, que visa subir a taxa de 17% para 19%, é objeto de discussões fervorosas entre representantes do governo, empresários e deputados estaduais.

Por que o aumento de ICMS está sendo considerado?

Em um recente evento no Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite revelou planos de encaminhar à Assembleia Legislativa um projeto de lei para o aumento do ICMS. Este esforço tem como base não apenas um ajuste fiscal, mas também parte de um grandioso pacto sugerido por representantes de setores produtivos para o futuro econômico do estado.

Este movimento descende de articulações políticas significativas feitas nos últimos dias, onde empresários locais expressaram apoio ao aumento da alíquota como alternativa menos dolorosa à revisão dos incentivos fiscais e de benefícios na cesta básica. A medida, segundo eles, é fundamental para a manutenção de serviços públicos essenciais como saúde, segurança e infraestrutura.

Repercussão entre os deputados estaduais

Aproxima-se uma reunião crucial onde o governador se encontrará com deputados da base aliada no Palácio Piratini. A intenção é avaliar a viabilidade política para a aprovação do projeto. Entretanto, a proposta já encontra resistência, inclusive entre ex-aliados de Leite, que argumentam contra o aumento fiscal, sugerindo como melhor caminho a manutenção dos incentivos existentes sem necessidade de elevação do ICMS.

O apoio ao aumento do ICMS por parte de empresários foi significativamente simbolizado em uma audiência pública na Assembleia Legislativa. Lideranças empresariais, especialmente do setor agropecuário, discursaram em favor da alíquota modal, defendendo-a como o meio menos danoso frente à eliminação de benefícios fiscais. Tal posicionamento reflete a urgência por uma definição clara que não comprometa o futuro econômico do estado.

Contudo, a posição dos empresários não é unânime. Há críticas que classificam a mobilização favorável ao aumento como uma capitulação frente a uma possível pressão do governo estadual. Em reposta, afirmações como a de Nei Mânica, destacam que não se trata de uma chantagem, mas sim de um diálogo em busca de soluções pragmáticas para um impasse fiscal.

A expectativa agora gira em torno das decisões políticas nos próximos dias, tanto por parte do governo quanto da Assembleia Legislativa. A medida, se aprovada, desempenhará um papel crucial para a economia do Rio Grande do Sul, influenciando diretamente no cuidado com a infraestrutura estatal e na qualidade de vida da população.