Governo do RS toma importante decisão sobre educação no estado

Com a recente decisão do governo federal de suspender o cronograma de implementação do Novo Ensino Médio, o governo do estado do Rio Grande do Sul fez um pronunciamento a respeito do futuro da educação gaúcha.

De acordo com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), a medida não afeta o estado, pois o 1º e 2º ano da educação de nível médio já estão funcionando sob as novas regras de matriz curricular do Novo Ensino Médio. Confira abaixo mais informações sobre as mudanças no ensino no Rio Grande do Sul.

Educação no Rio Grande do Sul ainda pode passar por mudanças

De acordo com a Seduc, a suspensão do cronograma do Novo Ensino Médio não deve afetar o estado, mas apenas por enquanto. O Rio Grande do Sul continuará com as escolas operando da mesma forma, mas isso pode mudar conforme as próximas decisões do governo federal.

Segundo o Ministro da Educação, Camilo Santana, a decisão de suspender o cronograma foi tomada para que se pudesse reanalisar o programa. Santana afirma ser necessário um diálogo mais profundo antes de realizar a implementação efetiva das mudanças.

O Ministério da Educação abriu consulta pública para a avaliação e reestruturação do funcionamento do ensino médio do Brasil. De acordo com Camilo Santana, durante o período de 60 dias da suspensão, serão ouvidos especialistas e representantes de entidades estudantis.

“De forma democrática, vamos ouvir as entidades, vamos ouvir os estados que executam as políticas, vamos ouvir os professores, as entidades estudantis, para que a gente possa tomar decisões com responsabilidade”, afirmou o ministro.

No Rio Grande do Sul, o projeto do Ensino Médio Gaúcho traz diversas mudanças para a estrutura da educação: a carga horária aumenta para 3.000h em três anos de estudo e o currículo se torna mais flexível, com autonomia de escolha dos estudantes para as matérias estudadas.

A implementação do Novo Ensino Médio foi rejeitada por diversas entidades e especialistas ligados ao ensino. Segundo a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, a medida precariza as escolas do país. “Sem opção de boa educação e profissional, a gente vira mão de obra barata”, afirmou a representante da entidade em entrevista para a Agência Brasil.