Governo registra rombo bilionário, o pior resultado em 27 anos
O Governo Central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, registrou um rombo de R$ 41 bilhões no mês de fevereiro. É o pior resultado para o mês desde o ano de 1997, sem ajuste para a inflação. A informação foi confirmada pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta quinta-feira (30).
Os resultados indicam que, sem contar com os pagamentos da dívida pública, o governo teve gastos de R$ 41 bilhões acima de suas receitas. No mês anterior, o saldo foi positivo: as contas terminaram com um superávit de R$ 78,3 bilhões. Confira mais informações abaixo.
Rombo do Governo Central foi maior do que o esperado
De acordo com a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada mensalmente pelo Ministério da Economia, um rombo já era esperado para o mês de fevereiro. No entanto, o resultado foi pior do que o previsto – a expectativa era de um déficit de R$ 31,9 bilhões.
Segundo a Agência Brasil, o rombo foi o resultado de uma queda nas receitas. Houve redução de 3,9% no valor recolhido com tributos. O Governo Central foi impactado principalmente pelas reduções no Imposto sobre Produtos Industrializados e na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.
Apesar da redução nas receitas ter sido o principal fator, o governo também teve um grande aumento nos gastos com programas sociais, R$ 5,4 bilhões acima da inflação em fevereiro em comparação com o mesmo mês em 2022.
Governo registra saldo positivo no começo do ano
Apesar do rombo bilionário de fevereiro, o saldo geral do primeiro bimestre do ano foi positivo para o Governo Central. Ao contrário do déficit de R$ 41 bilhões, houve um superávit de R$ 78 bilhões no mês de janeiro. Dessa forma, as contas dos primeiros dois meses de 2023 fecham de forma positiva com R$ 37,7 bilhões.
Em comparação com valores nominais (não ajustados pela inflação) dos anos anteriores, este foi o segundo maior superávit acumulado. Com os valores reais (corrigidos pela inflação), é o quinto maior. O primeiro lugar entre os resultados nominais foi registrado no primeiro bimestre de 2022, com saldo positivo de R$ 56 bilhões.