Greve: Banco Central solicita reajuste de 22% nos salários? Entenda

Nesta última quinta (12), o Banco Central enviou ao governo uma proposta de Medida Provisória que prevê um reajuste de 22% no salário dos servidores da instituição.

A medida é a principal reivindicação da classe, que retomou a greve geral no dia 3 de maio, e não pretende encerrá-la até a publicação oficial da MP, segundo o Sindicato que a representa.

O texto enviado ao Ministério da Economia também propõe uma reestruturação de carreira de especialista do Banco Central, além da criação de retribuição por produtividade, taxa de supervisão e nova tabela salarial para trabalhadores celetistas integrados.

Pedido retirado do sistema

Pouco tempo após publicar a minuta da Medida Provisória no Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais do Governo Federal (Sidof), o pedido foi retirado do sistema. Segundo o BC, foram detectadas “inconsistências” no texto.

O que dizia a MP do Banco Central

No texto da MP, o Banco Central solicita, até junho, um reajuste de 22% nos salários de seus analistas e técnicos a partir de junho deste ano.

Além disso, prevê uma reestruturação da carreira de Especialista do Banco Central, passando a exigir nível superior para ingresso no cargo de técnico e alteração no nome de analista para auditor. 

Fica prevista, também, a criação de uma nova tabela salarial para os trabalhadores celetistas reintegrados a instituição, retribuição por produtividade e taxa de supervisão.

A greve

A greve dos servidores do Banco Central teve suas primeiras movimentações em abril, mas foi suspensa entre os dias 20 do mesmo mês até 2 de maio. O período de hiato tinha como objetivo avançar negociações com o governo, o que não aconteceu.

Logo, no dia 3 de maio, a greve foi retomada em assembleia realizada pelo Sindicato Nacional de Funcionários do BC (Sinal), na qual ampla maioria concordou em continuar as manifestações.

A classe reivindica um reajuste salarial de 27%, além da reestruturação da carreira, como a exigência de nível superior para os cargos técnicos.

As paralisações têm refletido na publicação de diversos indicadores e relatórios do BC, como o Boletim Focus e o IBC-Br (nível de atividade econômica).