Greve no metrô em Minas Gerais, traz prejuízos para 70 mil trabalhadores da região
Já dura mais de um mês a greve dos trabalhadores do metrô de Belo Horizonte, e cerca de 70 mil cidadãos são impactados todos os dias devido ao funcionamento em horário reduzido.
O metrô tem funcionado somente das 10h às 17h, e descumpre a decisão do TRT que estabelece o funcionamento do transporte em horários de pico, entre 5h30 e 10h e 16h30 e 20h.
O descumprimento do horário estabelecido configura em multa de R$30 mil por dia, que já está acumulada em mais de R$1 milhão de reais.
O movimento é do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro – MG) e reivindica a garantia dos mais de 1,6 mil empregos mesmo após a privatização do metrô, que está nos planos do governo atual.
A greve
Sem previsão para terminar, os servidores concursados do metrô de BH seguem em greve desde o dia 21 de março. O serviço, que atendia cerca de 100 mil cidadãos por dia, hoje, com horário reduzido, atende uma média de 30 mil. Os dados são da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
O movimento tem como principal motivação a intenção do governo Bolsonaro em leiloar o serviço de responsabilidade da CBTU, empresa pública federal. O leilão já tem data para acontecer, marcada para o dia 28 de julho deste ano.
Os metroviários atualmente concursados solicitam a manutenção da estabilidade em seus cargos ou realocação em outras unidades da CBTU. São mais de 1,6 mil trabalhadores.
Segundo o Sindimetro, o governo não demonstrou interesse em dialogar com os trabalhadores, e a greve segue sem data de término. O movimento está próximo de se tornar o maior feito pela categoria no estado.
Assembleia do sindicato
Hoje (27), acontecerá uma assembleia entre os sindicalistas para decidir os rumos da greve dos metroviários de BH, que chegou ao seu 38° dia.
Pablo Henrique Ramos, diretor de comunicação do Sindimetro – BH, comentou sobre a falta de resposta do governo em relação ao movimento: “Pode ser que, até a assembleia ocorrer, a situação mude, mas não tivemos retorno ou novidade. A única resposta é a que eles dão para mídia, ou seja, não vão se pronunciar sobre o caso. Estamos nessa luta desesperada por conta dos nossos empregos”.