Grupo que aplicava golpes do aplicativo é preso no RS

Três indivíduos foram presos pela Polícia Civil nesta sexta-feira (31) por participarem de um grupo que realizou um golpe em encontros organizados pelo aplicativo de encontros Grindr, que é voltado para a comunidade LGBT. As vítimas foram espancadas e roubadas em suas casas, resultando em pelo menos seis processos registrados na capital, todos envolvendo vítimas do sexo masculino com prejuízos acima de R$20.000. 

As prisões ocorreram durante a segunda fase da Operação Moedor, implementada pelo departamento de polícia para combater a intolerância. Um homem de 22 anos e uma mulher de 21 anos foram presos por roubo e extorsão, enquanto um terceiro integrante, de 27 anos, já detido no Presídio Estadual de Charqueadas, recebeu um novo mandado de prisão. A identidade dos envolvidos não foi revelada, enquanto uma quarta pessoa ainda se encontra foragida.

Golpe contra comunidade LGBT envolve violência e homofobia

O grupo usava de um perfil falso para roubar vítimas em encontros pelo aplicativo. Ao chegar na casa das vítimas, os criminosos as amarravam, agrediam e as ameaçavam de morte, obrigando-as a fazer transferências bancárias para contas de terceiros. Os roubos resultaram em prejuízos de mais de 20 mil reais e objetos de valor foram levados, como televisores, computadores, celulares e roupas.

A mulher detida organizava atividade criminosa e recebia transferências bancárias das vítimas, enquanto homem preso ia às casas para cometer roubos, reconhecendo mais de uma vítima. O terceiro suspeito, que fugiu, teria sido cúmplice nos crimes. Os presos não falaram durante os interrogatórios. 

A polícia afirmou que o grupo escolhia suas vítimas com base na homofobia, direcionando seus ataques a pessoas da comunidade LGBT, e que as vítimas relataram ter sofrido calúnias homofóbicas durante os roubos.

Onda de crimes contra homens em Porto Alegre

Desde setembro do ano passado, a cidade de Porto Alegre tem registrado pelo menos seis casos de crimes contra homens. A polícia abriu investigações e contou com a opinião de especialistas. Acredita-se que os criminosos tenham feito ainda mais vítimas que não denunciaram o caso por medo ou vergonha. O comissário Andrea Mattos faz um apelo para que essas pessoas entrem em contato com a Delegacia Especializada no Combate à Crueldade ou pelo WhatsApp (51) 98595-5034, garantindo o anonimato.

Imagem: Polícia Civil / Divulgação