Ídolo do Inter crítica falta de reconhecimento: “Grêmio tem camarote”

Andrés D’Alessandro, ex-meia do Internacional, fez duras críticas à atual administração do clube em uma entrevista para a Rádio Gre-Nal. Apesar de ser uma figura muito admirada pela torcida do clube, o argentino revelou que se sente distanciado e negligenciado pela direção, algo que contrasta com o tratamento que ídolos recebem no rival, Grêmio.

D’Alessandro compara posturas de Inter e Grêmio

D’Alessandro comparou a postura do Inter com a do Grêmio, destacando que no clube rival os ídolos são convidados para todos os jogos em um camarote especial. “O Grêmio tem um camarote que leva os ídolos em todas as partidas. Não estou falando apenas por mim, mas acho que esse reconhecimento é legal. Quando fica distante disso, parece que você não fez nada”, desabafou o ex-atleta.

No ano de 2023, D’Alessandro ocupou a posição de coordenador de futebol no Cruzeiro. No fim do ano, após tentar uma posição na direção do Inter através das eleições, ele foi preterido em favor de Alessandro Barcellos, que permaneceu na presidência.

“A partir do momento que fui para o Cruzeiro, abri mão do meu camarote no Beira-Rio. Não estou indo ao estádio por questões que vocês devem imaginar. Hoje, estou um pouquinho distante do clube”, comentou.

Além das questões dentro do campo e administração esportiva, D’Alessandro também falou sobre suas atividades sociais recentes, especificamente sobre seu envolvimento com as vítimas das enchentes que devastaram regiões do Rio Grande do Sul. Segundo ele, essa experiência tem sido profundamente diferente e desafiadora, revelando realidades duras enfrentadas por muitos no estado.

Ele destacou que o mais complicado será o processo para reintegrar os afetados de volta à sociedade, uma tarefa que considera desafiadora. “Nunca tinha visto algo como o que estamos enfrentando. A gente visita bastante crianças e levamos carinho. Mas, isso aqui, é algo totalmente diferente. Fomos aos abrigos e não sabíamos o que íamos enfrentar. Eu acho que pelo que estamos vendo na rua, nos abrigos, a gente nunca faz nada sozinho. Mas, o mais difícil, é o depois. Como vamos recolocar essas pessoas na sociedade”, disse o ex-jogador.