Idosa desaparecida desde 1979 é encontrada no RS

No dia 31 de janeiro, uma idosa desaparecida desde 1979 foi encontrada vivendo em um hotel na cidade de Garibaldi, Rio Grande do Sul. Atualmente, a mulher tem 73 anos.

A idosa, que não teve a identidade revelada, foi encontrada após a Polícia Civil receber denúncias de que ela estava vivendo em um hotel. Atualmente, a Polícia suspeita de que a mulher estava sendo vítima de maus-tratos.

Segundo os funcionários do hotel, a idosa trabalhou no estabelecimento por volta de 1990. Ao depor, a mulher disse que foi demitida em 2000, mas que continuou vivendo no local sem vínculos empregatícios.

A mulher trabalhava todos os dias da semana, sem folgas, e recebia um salário que variava entre 25 e 50 reais. Essa informação fez com que o Ministério do Trabalho (MTE) suspeitasse que a idosa vivia como uma escrava. Atualmente, o caso está sendo apurado.

A idosa vivia em condições precárias

Segundo informações contidas no portal g1, além de receber pouco dinheiro, a idosa vivia em um quarto com lençóis sujos e velhos. “As condições de higiene no local eram precárias, roupas de cama e colchão muito sujos. Ela fazia as necessidades em um balde”, explica o delegado responsável pelo caso.

Flavio Green Koff, assessor jurídico do hotel, deu a seguinte declaração: “O tempo foi passando, foi passando, e não tinha o que fazer com essa senhora. Vamos jogar na rua? O que fazer? Não tinha uma solução.” Além disso, o homem afirma que a mulher era considerada como parte da família.

Flavio Koff afirma que a idosa tinha uma vida normal. “Andava onde queria; tinha o seu quarto, não era cinco estrelas, evidentemente; não tinha banheiro no quarto, não era uma suíte, mas o banheiro dela ficava a 20 passos mais ou menos do quarto dela, em área coberta, não tinha problema nenhum”, completou.

Situação da idosa e seus familiares

Segundo Ferrugem, o delegado responsável pelo caso, a situação entre a idosa e sua família não foi bem explicada. “A senhora teria se afastado da família em 1979, por alguma desavença, algo que não está bem esclarecido. Desde então, a família não soube mais dela”, diz.

A idosa só foi dada como desaparecida em 2021, quando uma sobrinha da mesma tomou conhecimento sobre uma campanha de identificação de desaparecidos.

Atualmente, a idosa está vivendo em Cachoeirinha com seus familiares, que estão sendo orientados por um advogado. “Num primeiro momento, a família acolheu super bem a idosa, buscando tratamento médico pra ela, psicológico, dental, ela está bem abalada. É uma situação bem complicada”, informa o profissional.

Segundo o delegado, a idosa apresenta “algum comportamento cognitivo”.