Imóveis antigos e carros usados em alta no Paraná? Saiba mais

De acordo com informações do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR) e da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), a venda de imóveis residenciais usados e de carros seminovos está em alta em Curitiba. Os compradores têm se interessado neste tipo de negócio devido aos preços, que são bem mais em conta do que os imóveis e carros novos.

No caso dos veículos, além do preço total, o valor de seguro também é bem menor. “Esse custo depende de inúmeras variáveis, como idade, perfil e histórico do motorista, local de residência, trajetos percorridos, atratividade do carro, entre outras. Se compararmos com os carros novos, em casos de roubo ou perda total, as despesas com franquia e pagamento à seguradora são bem menores” conta Rogério Novaki, gerente comercial da Ford Slaviero.

Para o presidente do Inpespar (Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial), Luciano Tomazini, os imóveis novos estão sendo comercializados por preços muito elevados, o que não é o caso dos imóveis usados.

Imóveis antigos de Curitiba se destacam por preço e tamanho

A pesquisa da Secovi também revela que os curitibanos preferem apartamentos maiores. 15% dos imóveis negociados são antigos e contam com 3 quartos, de acordo com Josué Pedro de Souza, vice-presidente de Lançamentos e Comercialização Imobiliária do Secovi-PR.

Essa preferência por imóveis antigos e seu tamanho está relacionada aos modelos das novas construções. Atualmente, muita áreas comuns são compartilhas, como os espaços pet, espaços zen, kids, churrasqueira, entre outros.

Nas vendas, atrás dos grandes imóveis, estão os apartamentos de dois quartos com idade acima de 20 anos (11,4%) e os imóveis entre 06 e 10 anos (8,9%). Na pesquisa, também é exibida uma disponibilidade de crédito no mercado, pois 7 em cada 10 imóveis foram negociados com financiamento no mês de julho. Para o vice-presidente, a baixa da Selic e o aumento do teto do Minha Casa Minha Vida, devem tornar este cenário ainda mais comum.

Imagem: Daniel Castellano / Arquivo Gazeta do Povo