Impacto da estiagem nas cachoeiras do RS causa preocupação
Um mapeamento das cascatas e cachoeiras do Rio Grande do Sul revelou uma situação preocupante. Após o período da estiagem, as quedas d’água apresentaram grandes mudanças, ficando mais secas e perdendo parte da vegetação.
O trabalho foi realizado pelo designer gráfico Fabiano Furtado, de 45 anos, que gerencia o projeto 600 Cascatas Gaúchas, declarado como maior álbum de cascatas do Rio Grande do Sul. Em fotos registradas no Instagram, Fabiano mostra as cachoeiras antes e depois da estiagem. Confira as imagens abaixo.
Estiagem afeta cascatas do Rio Grande do Sul: veja as imagens


Em fala ao G1, Fabiano afirmou que é preciso manter a paisagem das cascatas por meio de ações de preservação dos recursos hídricos. Ele acredita que além do impacto ambiental, há também efeitos negativos na economia local, pois o turismo é diretamente influenciado pela paisagem das cachoeiras.
“Em todos os cantos do estado, não tem local que dê para dizer que tenha bastante água”, afirma.
A estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul entre dezembro de 2022 e durante o primeiro trimestre de 2023 foi considerada a pior da história. No fim de março, 77% dos municípios do estado já haviam declarado situação de emergência por conta da seca. Algumas regiões apresentaram perdas de até 100% das principais culturas.


Fabiano já percorreu cerca de 45 mil km no Rio Grande do Sul em busca de cachoeiras. Algumas de suas descobertas mais inusitadas foram dentro de um lar para idosos, outra em um motel e uma terceira no terreno de um cemitério.
Ele trabalha para transformar o projeto em um livro. Para isso, abriu um financiamento coletivo com meta de R$ 15 mil. Até o momento desta notícia, 24 pessoas já contribuíram com R$ 2.062.