Importante empresa do Sul deve ser privatizada
Uma grande empresa do Sul pode ser privatizada em breve. Com as negociações já realizadas entre o governo do Paraná e com o governo federal, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) deve estar prestes a passar por um processo de desestatização.
Agora, resta apenas aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU) e dos Tribunais de Contas dos Estados (TCE) para que o processo avance mais uma etapa. Enquanto isso, representantes de sindicatos e entidades apresentam propostas em oposição. Confira abaixo mais informações sobre a privatização da Copel.
Privatização de empresa de energia no Sul
A privatização da Copel voltou à discussão após o anúncio de um acordo entre o governo do Paraná e o banco Itaú, que resultou na redução em 62% de uma dívida da concessionária. Com essa medida, a desestatização da empresa se tornou mais possível.
Nesta segunda-feira (20), a privatização da Copel foi discutida em audiência pública, que reuniu representantes do Sindicato dos Engenheiros; Federação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares; Federação do Comércio; Movimentos Sem Terra e Sem Teto; e sindicatos de trabalhadores; e estudantes.
Os dirigentes destes grupos levaram aos representantes do governo do estado uma Carta Manifesto contra a privatização da Copel. Segundo o deputado Requião Filho (PT), que é a favor de manter a empresa como estatal, o processo de privatização aumentará os custos de produção e prejudicará tanto os empresários quanto a população.
Um dos argumentos utilizados pelos grupos foi a viabilidade econômica da Copel, que continua apresentando lucros. Além disso, foi discutido a possibilidade de uma intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para anular um decreto que facilita a venda da estatal, emitido durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A presidente nacional do PT e deputada federal Gleise Hoffmann, do Paraná, esteve em audiência com o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para discutir a privatização. Ela pede pela revogação do decreto e discute contra a desestatização.
Imagem: Valdir Amaral / Alep