Inflação cresce e impulsiona moradores de estados do sul a fazer compras em país vizinho

A crescente inflação na Argentina tem gerado um impulso no turismo de supermercado no país, com moradores de regiões vizinhas atravessando a fronteira em busca de preços consideravelmente mais baixos. O fenômeno tem chamado a atenção e levantado questionamentos sobre a viabilidade dessa prática.

Para compreender melhor essa tendência, o portal ND+ conversou com a economista Janine Alves, que explicou como a inflação tem impactado os preços na Argentina. A crise econômica e a desvalorização do peso argentino têm não apenas atraído turistas brasileiros para destinos como Buenos Aires e o Valle Nevado, mas também levado brasileiros a cruzar a fronteira em busca de alimentos, combustíveis, roupas e outros produtos, resultando em economias significativas para esses consumidores.

Brasileiros se beneficiam da desvalorização do peso argentino: uma oportunidade de economia e turismo

A desvalorização do peso argentino tem sido vantajosa para os brasileiros que desejam fazer compras na Argentina. Com o câmbio favorável, os brasileiros podem adquirir mais produtos com o mesmo valor em reais. Por exemplo, se o peso argentino está cotado a 0,018 reais, um produto que custa 100 pesos argentinos sairá por apenas 1,80 reais. Essa diferença de valores permite uma economia significativa durante as compras no país vizinho.

Além disso, a desvalorização do peso argentino torna a Argentina um destino turístico mais atrativo para os brasileiros. Com a possibilidade de gastar menos dinheiro em relação a outros países, os brasileiros têm a oportunidade de desfrutar de uma viagem econômica, explorando os encantos e atrativos argentinos.

Embora seja difícil prever o futuro da desvalorização do peso argentino, especialistas acreditam que essa condição continuará favorecendo os brasileiros que planejam fazer compras ou viajar para a Argentina. Os números do turismo já mostram um aumento significativo de visitantes estrangeiros no país, com um crescimento de quase o dobro em comparação ao ano anterior.

Imagem: Freepik/freepik.com