Inflação registra a menor taxa da série histórica do IBGE; Descubra como isso mexe no seu bolso
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, registrou queda de 0,73%.
A prévia da inflação de agosto foi a menor taxa da série histórica do IBGE, que começou em novembro de 1991. No mês passado, o indicador tinha registrado alta de 0,13%. No acumulado neste ano, o aumento dos preços chegou a 5,02%. Já em 12 meses, a taxa acumula elevação de 9,60% — abaixo dos 11,39% somados nos 12 meses anteriores.
O IPCA-15 de agosto foi influenciado pela redução nos valores dos combustíveis e, também, da energia elétrica. Estas reduções acompanham a lei federal que limita o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre itens como combustíveis e energia elétrica.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, três registraram queda em agosto:
- Alimentação e bebidas: 1,12%
- Despesas pessoais: 0,81%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,81%
- Vestuário: 0,76%
- Educação: 0,61%
- Artigos de residência: 0,08%
- Comunicação: -0,30%
- Habitação: -0,37%
- Transportes: -5,24%
A inflação representa o aumento dos valores de bens e serviços. Ou seja, quando a inflação fica negativa, os preços aos consumidores reduzem.
Caso a inflação apresente uma tendência de queda, o Banco Central tende a reduzir a taxa básica de juros da economia, a Selic. Esta taxa influencia todas as taxas de juros do país. Por conta disso, caso, o BC decida reduzir a taxa de juros futuramente, ficaria mais barato tomar dinheiro emprestado, por exemplo. Por outro lado, os investimentos de renda fixa — atrelados à Selic — passariam a render menos.